O que está por trás da acusação de Pablo Marçal contra Guilherme Boulos?
Postagem mostra que Boulos teve outros compromissos no dia da suposta internação. Fonte: Reprodução.
A recente polêmica envolvendo Guilherme Boulos (PSOL) e o candidato Pablo Marçal (PRTB) gerou grande repercussão nas redes sociais e na mídia. O Conselho Federal de Medicina (CFM) confirmou que o médico que assina um suposto laudo em que Boulos é descrito como um usuário de cocaína já está falecido. O documento, datado de 19 de janeiro de 2021, foi publicado por Marçal, que acusava Boulos de ter sido internado por surto psicótico.
Segundo informes, “o médico que assina o suposto prontuário de cocaína contra Guilherme Boulos está morto, de acordo com o CFM”. O laudo descreve que Boulos teria sido atendido na clínica Mais Consulta com um “quadro de surto psicótico grave”. Contudo, esta informação foi contestada pelo candidato do PSOL, que afirmou ter provas de estar presente em outros compromissos no dia em questão.
Além do falecimento do médico, existem inconsistências nos documentos apresentados. Boulos apontou erros de ortografia e informações contraditórias no laudo, como o nome da clínica, que foi escrito de maneira diferente da oficial. “O dono da clínica do documento que ele publica é apoiador de Marçal”, declarou Boulos em resposta às acusações.
Durante uma transmissão ao vivo, Boulos prometeu tomar medidas legais contra Marçal, pedindo, inclusive, sua prisão. Ele ressaltou que a publicação, que promove ilações sem fundamento, pode configurar um crime eleitoral. A campanha de Boulos se manifestou, afirmando que Marçal “usa de mentiras absurdas para atacar a honra e a reputação e tentar promover uma manipulação no processo eleitoral”.
Marçal e Boulos em debate da TV Globo. Fonte: Reprodução.
A confusão se agrava com a proximidade das eleições municipais de 2024 em São Paulo, onde as pesquisas apontavam um cenário acirrado entre os candidatos. Num contexto em que fake news e desinformação são críticas na política atual, a veracidade das alegações e a origem dos documentos podem influenciar decisivamente o voto do eleitor.
Com a perspectiva de um eleitorado atento e crítico, o caso deverá ser monitorado de perto pelas autoridades eleitorais e pela opinião pública. A eleição em São Paulo promete ser uma das mais disputadas, e a integridade da informação será decisiva para a confiança dos cidadãos no processo democrático.
O episódio também levanta questões sobre a ética nas eleições e a facilidade com que informações erradas podem se espalhar pelas redes sociais. É fundamental que os eleitores façam sua parte, checando os fatos e exigindo mais responsabilidade de seus candidatos.
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Referências
- https://www.cnnbrasil.com.br/politica/medico-que-assina-suposto-prontuario-sobre-boulos-esta-morto-diz-cfm/
- https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2024/10/05/assinatura-de-medico-em-suposto-laudo-de-boulos-difere-de-documento-oficial.htm
- https://www.cartacapital.com.br/politica/boulos-pede-prisao-de-marcal-apos-ex-coach-publicar-suposto-laudo-de-uso-de-cocaina/