O que esperar do desfecho que deixou fãs divididos?
A imagem mostra o Joker, com pintura facial de palhaço e vestindo um terno vermelho, sendo arrastado por vários policiais. Fonte: Slate.
O tão aguardado filme “Joker: Folie à Deux”, sequência do aclamado “Joker” de 2019, chegou às telas e já está gerando polêmica entre os espectadores. Com a atuação de Joaquin Phoenix como Arthur Fleck, o filme explora a ascensão e a complexidade do personagem, que, após os eventos do primeiro longa, se vê em um manicômio.
Segundo o crítico Sam Adams, em sua análise, “o filme termina com um desfecho que surpreende, quase zombando das expectativas dos fãs”. A narrativa se desvia da simples trajetória de um criminoso, questionando a natureza do próprio Joker e sua dualidade com Arthur. “É um filme que provoca reflexão e discute se a verdadeira persona do protagonista é, de fato, o vilão que todos conhecem ou se existe algo a mais por trás daquela pintura de palhaço”, aponta.
A trama se desenrola com Arthur sendo cada vez mais adorado e idolatrado pelos seus seguidores, enquanto seu julgamento se transforma em um espetáculo público, com fãs de cara pintada demonstrando apoio ao anti-herói. O filme também introduz Harley Quinn, interpretada por Lady Gaga, que busca uma conexão com Arthur, mas suas intenções revelam-se mais complexas do que aparentam.
Durante o filme, há uma mistura de gêneros, incluindo elementos musicais que, de acordo com o diretor Todd Phillips, não servem apenas para entreter, mas para aprofundar o desenvolvimento dos personagens. “O uso da música é crítico para algo mais profundo do que apenas entretenimento. Não é um musical convencional, mas sim uma reflexão sobre os personagens”, afirmou Phillips.
Em uma das cenas mais impactantes, Arthur é confrontado por Ricky, um jovem do manicômio, que idolatra o Joker. O clímax do filme ocorre quando Ricky tenta recriar a imagem que tem de seu ídolo, mostrando uma nova geração de possíveis “Jokers”. A cena, que encerra o filme de forma trágica, serve como um alerta sobre como a cultura do vilão pode ser romantizada e até mesmo vista como aspiracional.
Uma nova perspectiva do Joker, arrastado por policiais, simboliza sua queda e ligação com a violência social. Fonte: Slate.
“Folie à Deux” não só serve como uma continuação do “Joker”, mas também como uma crítica à própria audiência que o consome. O filme termina em um ponto que gera mais perguntas do que respostas, deixando o público dividido e provocando debates acalorados sobre a ética das representações de violência e o que realmente forma um ícone do cinema.
O público está convidado a refletir e comentar: Qual é a sua opinião sobre o novo desfecho e a representação do Joker nas telas? Comente abaixo e compartilhe suas ideias!
Referências
- https://slate.com/culture/2024/10/joker-2-movie-ending-joaquin-phoenix-heath-ledger.html