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‘Situações que mulher nenhuma deveria passar’ – depoimentos marcam o enfrentamento ao assédio sexual no governo atual!

Anielle Franco diz que importunação sexual de Silvio Almeida começou há um ano.
Fonte: Fantástico/ Reprodução

Em recente entrevista ao programa Fantástico, Anielle Franco, atual ministra da Igualdade Racial, trouxe à tona sua vivência com Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos, em um relato de assédio e importunação sexual que durou mais de um ano. “Situações que mulher nenhuma deveria passar”, enfatizou Anielle, refletindo sobre os desafios enfrentados por mulheres em posições de poder.

Durante a conversa, Anielle declarou que decidiu se manifestar após um mês do escândalo que resultou na demissão de Silvio Almeida. “Tinha um histórico que começou com falas e cantadas mal postas, e que escalou para um desrespeito inaceitável”, relatou. Ela, que já havia prestado depoimento à Polícia Federal, se mostrou determinada a expor os abusos cometidos, ressaltando a importância de sua voz ser ouvida.

A ministra compartilhou que por um período hesitou em relatar os episódios, devido ao medo e à insegurança. “A palavra da mulher precisa valer e não devemos normalizar a violência”, acrescentou. Sua fala foi respaldada por Marina Ganzarolli, advogada de gênero, que destacou como a demora nas denúncias de casos de violência sexual é comum, mas que romper o silêncio é fundamental para inspirar outras mulheres a se manifestarem.

Anielle Franco ainda relembrou momentos constrangedores, um dos quais ocorreu durante uma reunião em que Silvio Almeida tentou um contato físico inapropriado. “É necessário destacar que o que aconteceu foi um crime de importunação sexual e não deve ser tolerado”, afirmou a ministra.

Anielle Franco: assédios, importunações e violência precisam deixar de fazer parte do nosso cotidiano.
Fonte: Ruy Baron/BaronImagens/ Reprodução

A situação não apenas impactou a ministra, mas também provocou um aumento nas ligações ao grupo Me Too Brasil, que apoia mulheres vítimas de violência, com um crescimento de quase 80% desde que as denúncias vieram à tona.

“Não é normal que uma mulher passe por isso em pleno 2024”, disse Anielle. Sua determinação em lutar contra o assédio e em promover um ambiente mais seguro para todas as mulheres ressoa junto a uma crescente mobilização social. O apoio da primeira-dama, Janja, que se manifestou publicamente em solidariedade a Anielle, simboliza um passo importante nessa luta.

Enquanto isso, a defesa de Silvio Almeida nega as acusações e Pedro Machado, seu advogado, afirmou que todos os fatos serão contestados. “A verdade vai prevalecer”, garantiu.

Essas revelações marcam um ponto crucial na luta contra a violência de gênero e assédio, destacando a necessidade de diálogos transparentes e ações efetivas para a transformação social.

Encerrando a discussão, Anielle reforça que a violência de gênero e o assédio são problemas estruturais que atingem mulheres em todo o mundo e que é preciso criar coragem para romper o ciclo do silêncio. “Juntas, podemos agir por um projeto de sociedade onde assédios e importunações não façam mais parte do nosso cotidiano”, concluiu.

Vamos ouvir a sua opinião! O que você acha sobre a coragem de Anielle Franco em compartilhar sua história? Deixe seu comentário e compartilhe com outros sobre essa importante discussão.

Referências

  • https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2024/10/07/anielle-franco-diz-que-importunacao-sexual-de-silvio-almeida-comecou-ha-um-ano-situacoes-que-mulher-nenhuma-deveria-passar.ghtml
  • https://veja.abril.com.br/brasil/anielle-fala-pela-primeira-vez-sobre-caso-de-assedio-eu-so-queria-que-parasse
  • https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2024/10/07/situacoes-que-mulher-nenhuma-deveria-passar-diz-anielle-sobre-assedio.htm

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