Imagens de sofrimento e superação marcam a repatriação durante a crise no Oriente Médio!
Presidente Lula abraça Rami Rkein, um dos repatriados do Líbano em voo da FAB, na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos. Foto: Ricardo Stuckert / Presidência
A crise no Líbano, acentuada por recentes bombardeios, forçou uma onda de repatriações de brasileiros que viviam em meio ao conflito. O primeiro voo da chamada “Operação Raízes do Cedro”, realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB), trouxe 229 repatriados que enfrentaram dias de incerteza e dor na terra natal.
O documentarista Gabriel Chaim relatou que as famílias que permaneceram no Líbano lidaram com “fuga, perdas e incertezas”. Muitas delas ficaram desabrigadas, como foi o caso de Issam Gobar, que ao retornar ao seu país de nascimento, viu sua vida virar de cabeça para baixo. Ele declarou, “Sair de onde nasci fugindo, de medo de uma bomba, não é fácil”.
Além de ser um momento de alívio para os repatriados, a chegada a São Paulo também trouxe a lembrança das tragédias pessoais. Raquel Chanarek Hamia, que perdeu vários membros da família em um ataque aéreo, expressou sua dor ao afirmar que “perdi tudo. Saí do hospital sem nada, só tem as dores”. A gravidez de Zenaib Nayeh também trouxe um aspecto urgente ao seu desejo de voltar ao Brasil, pois ela queria garantir um ambiente mais seguro para seu bebê.
Esses relatos emocionantes contrastam com os desafios enfrentados ao retornar. O empresário Rami Rkein, que chegou de Recife, expressou sua indignação ao abraçar o presidente Lula, utilizando palavras fortes contra o primeiro-ministro israelense, chamando-o de “terrorista” e “genocida”.
“Faz um mês que ninguém dorme direito”, disse Fayze Samir, de 67 anos, ao descer do avião do resgate. Essa fala capta o intenso sofrimento coletivo e as serias consequências desse conflito para a comunidade brasileira no Líbano.
A situação de brasileiros que permanecem no Líbano — Foto: Reprodução/TV Globo.
O voo que trouxe esses cidadãos de volta é apenas o primeiro de uma operação maior. O governo brasileiro planeja realizar repatriações semanais, respondendo à demanda de aproximadamente 3 mil brasileiros, que expressaram interesse em retornos seguros.
Enquanto isso, o eleitorado brasileiro observa com preocupação os desdobramentos do conflito e as consequências humanitárias que ele acarreta. O próprio presidente Lula, ao receber os repatriados, enfatizou a posição do Brasil em favor da paz, afirmando: “O Brasil não deseja a guerra. A guerra só destrói. O que constrói é a paz”.
Esses fatos ressaltam não apenas a luta pela sobrevivência em uma zona de conflito, mas também a resiliência e a solidariedade humanas em tempos de incertezas. Para os repatriados, a batalha agora é pela reconstrução de suas vidas longe da sombra da guerra. O que se espera é que o retorno aos seus lares possa oferecer um novo início longe do estrondo dos bombardeios.
Os leitores são convidados a compartilhar suas opiniões sobre essa situação angustiante. Os comentários e compartilhamentos são sempre bem-vindos!
Referências
- https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2024/10/06/fuga-perdas-e-incertezas-a-situacao-de-brasileiros-que-permanecem-no-libano.ghtml
- https://tribunadonorte.com.br/brasil/primeiro-voo-com-229-resgatados-do-libano-chega-a-sao-paulo/
- https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2024/10/06/repatriados-do-libano-pedem-cessar-fogo-e-acusam-israel-de-terrorismo.htm