O que a nova liderança do Banco Central pode significar para a economia do Brasil?
Gabriel Galípolo durante sabatina na CAE do Senado — Foto: Ton Molina/Bloomberg.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou, nesta terça-feira (8), a elevada taxa de juros no Brasil, durante uma cerimônia que ocorreu paralelamente à sabatina de Gabriel Galípolo, indicado para assumir a presidência do Banco Central. Lula destacou que, apesar de o Brasil ter “a maior taxa de juros do mundo”, ele acredita que “ela haverã de ceder”. Durante sua fala, o presidente enfatizou a importância do controle inflacionário e do crescimento da massa salarial e do emprego no país.
Lula declarou: “Eu estou muito feliz porque a economia está razoável, a taxa de juros ainda é a mais alta, mas ela haverá de ceder. Nós temos a inflação controlada…” Ele reforçou que o governo está focado em ações que beneficiem os pequenos e médios empresários.
Esse discurso ocorre em um momento em que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu, recentemente, aumentar a taxa Selic, agora fixada em 10,75% ao ano, sinalizando uma postura de ajuste monetário para conter pressões inflacionárias.
Em sua vez, Gabriel Galípolo, durante a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, expressou a necessidade de um “processo de desinflação mais lento e mais custoso”. Ele explicou que o Banco Central deve agir com cautela para assegurar que a taxa de juros permaneça em um patamar necessário para atingir as metas inflacionárias. Galípolo destacou: “A economia brasileira dá sinais de estar em um estágio diferente de boa parte das economias do mundo”.
A entender os comentários de Galípolo e sua visão sobre a política monetária, fica claro que a comunicação com o Senado é vital para conquistar apoio em sua futura gestão no Banco Central, que pode se iniciar em janeiro de 2025, caso seja aprovado. Galípolo também ressaltou que “a combinação entre inflação e desemprego vai estar das melhores desde o início do Plano Real”.
Em suma, as declarações de Lula e Galípolo levantam importantes questões sobre a direção política e econômica do Brasil nos próximos meses. A expectativa é que a sabatina de Galípolo ocorra sem grandes empecilhos, processo que será observável pelo mercado e pela sociedade civil.
A participação ativa da sociedade é importante; por isso, a opinião de todos é bem-vinda. Deixe seu comentário abaixo e compartilhe suas expectativas sobre o futuro da economia e da política monetária no Brasil!
Referências
- https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/10/lula-afirma-que-taxa-de-juros-havera-de-ceder-em-dia-de-sabatina-de-galipolo.shtml
- https://valor.globo.com/financas/noticia/2024/10/08/galpolo-devemos-assistir-a-um-processo-de-desinflacao-mais-lento-e-mais-custoso.ghtml
- https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/indicado-de-lula-ao-bc-galipolo-passa-por-sabatina-no-senado-acompanhe/