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Partidos centristas conquistam mais prefeituras e pressionam Lula por alianças!

Gilberto Kassab, líder do PSD, um dos partidos que mais avançou nas eleições
Gilberto Kassab. Fonte: Folha de S.Paulo

As eleições municipais de 2024, realizadas no dia 6 de outubro, marcaram um claro avanço dos partidos do centro no Brasil. Os dados mostram que os partidos centristas foram os grandes vencedores, conquistando 2.812 prefeituras, um aumento significativo em relação às eleições de 2020, quando ganharam 2.620. Esse resultado se destaca em um cenário onde a polarização ideológica tende a dominar a política brasileira, a qual é composta por figuras como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Partidos como PSD, MDB e PP se destacaram no cenário, com o PSD alcançando um total impressionante de 878 prefeituras. Segundo a análise da Folha de S.Paulo, “o PSD teve a façanha de ultrapassar o MDB em número de Executivos municipais controlados — algo que nenhuma sigla tinha conseguido desde os anos 1980”. Isso demonstra não apenas um crescimento em termos de prefeituras, mas também uma nova dinâmica nas alianças políticas.

Já partidos de direita, apesar de algumas vitórias em capitais, enfrentaram algumas derrotas, somando 1.917 prefeituras, uma queda de 168 em comparação a 2020. A esquerda, por outro lado, viu uma diminuição ainda mais acentuada, com uma perda de 121 cidades e ocupando apenas 742 prefeituras, menos de 15% do total.

As incertezas em torno de 98 cidades, que ainda estão indefinidas ou indo para o segundo turno, não são suficientes para alterar o vínculo geral. O resultado serve como um indicativo de que, no actual clima político, partidos do centrão se tornam cada vez mais essenciais para a governabilidade do país, pressionando Lula por mais concessões em troca de apoio. Especialistas afirmam que essa situação pode exigir uma reavaliação das alianças ministeriais do presidente, pois “os partidos do Centrão devem ser valorizados pelo seu papel nas votações cruciais no Congresso”, conforme analisou o economista Caio Megale.

Além disso, a disputa pelo segundo turno em São Paulo entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) representa uma nova polarização, que é uma preocupação para o governo. Essa nova configuração política está forçando o governo federal a se adaptar e se converter às demandas do eleitorado.

O resultado dessas eleições municipais levanta questões sobre o futuro das alianças políticas e como a governabilidade do Lula será impactada nos próximos anos. A tendência dos partidos do centro e a necessidade de concessões podem moldar a política brasileira na corrida para 2026.

Entre as imagens que refletem esse cenário, destaca-se a disputa entre Nunes e Boulos.
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos disputam 2º turno em SP
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos disputam 2º turno em SP. Fonte: Folha de S.Paulo

A análise dessas eleições deve seguir e certamente estimulará discussões sobre o impacto das decisões políticas e sociais nas futuras eleições.

Referências

  • https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/10/pais-tem-avanco-de-partidos-do-centro-que-flertam-com-direita-e-tambem-se-aliam-a-esquerda.shtml
  • https://www.gazetadopovo.com.br/republica/derrotas-da-esquerda-deixam-lula-mais-dependente-do-centrao-para-governar/
  • https://www.infomoney.com.br/mercados/vitoria-do-centrao-nas-eleicoes-municipais-nao-e-ma-noticia-ao-governo-diz-megale/

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