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A nomeação marca um novo capítulo na política monetária do Brasil: O que esperar?

Gabriel Galípolo foi aprovado por 66 votos a 5, maior votação desde 1999
Galípolo foi aprovado por 66 votos a 5, maior votação desde a obtida por Francisco Lopes, em 1999 — Foto: Adriano Machado/Reuters.

O Senado brasileiro aprovou na última terça-feira (8) a indicação de Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central (BC) a partir de 2025. Com 66 votos a favor e apenas 5 contrários, Galípolo se despediu da sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) evidenciando um consenso inédito, que não se via desde a aprovação de Francisco Lopes, em 1999.

Durante a sabatina, Galípolo, que atualmente ocupa o cargo de diretor de política monetária do BC, foi questionado sobre temas cruciais como a autonomia da instituição, inflação, juros e política fiscal. Ele demonstrou firmeza nas suas respostas, assegurando que teria “coragem de dizer ‘não'” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva se necessário, reafirmando o compromisso com a independência do Banco Central.

A aprovação foi unânime na CAE, com 26 votos, enquanto no plenário foi simbolicamente significativa, devido ao clima tenso que circunda a política monetária do país. Como afirmaram os analistas, a sabatina de Galípolo parece ter ajudado a despolitizar o tema dos juros, colocando a discussão em uma perspectiva mais técnica e menos ideológica, mesmo em um ambiente notoriamente polarizado.

Os senadores, tanto da situação quanto da oposição, mostraram-se focados em aspectos técnicos da gestão monetária, algo que, segundo comentaristas, reflete uma maturidade política em relação à autonomia do BC. Em suas posições, Galípolo e os parlamentares destacaram a estabilidade da moeda como um valor inegociável para a sociedade brasileira.

Com essa nova liderança, espera-se que o Banco Central siga em sua missão de controlar a inflação e orientar as políticas de juros com responsabilidade e transparência. A estabilidade econômica e a credibilidade das instituições financeiras dependem fortemente da capacidade do novo presidente de manter o equilíbrio entre a autonomia do BC e a necessidade de diálogo com o governo.

Você está animado com essa mudança na liderança do Banco Central? Quais são suas expectativas para os próximos anos em relação à política monetária? Compartilhe sua opinião nos comentários!

Referências

  • https://valor.globo.com/impresso/noticia/2024/10/09/senado-aprova-galipolo-para-presidencia-do-bc.ghtml
  • https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/10/sabatina-de-galipolo-ajuda-a-despolitizar-juros.shtml

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