O que significa a morte do líder do Hamas para o futuro da região?
Yahya Sinwar, líder do Hamas, que controla a Faixa de Gaza — Foto: REUTERS/Mohammed Salem/File Photo
A morte de **Yahya Sinwar**, considerado o número 1 do Hamas, foi confirmada pelas Forças Armadas de Israel nesta quinta-feira, 17 de outubro de 2024. O evento desencadeou reações imediatas de líderes internacionais e trouxe à tona discussões sobre o futuro da Faixa de Gaza e da política do Oriente Médio.
Sinwar, que assumiu a liderança do grupo há pouco mais de dois meses, após a morte de seu antecessor Ismail Hanyeh, era visto como um dos principais arquitetos dos ataques ocorridos em 7 de outubro de 2023, que resultaram em um alto número de baixas israelenses. O primeiro-ministro de Israel, **Benjamin Netanyahu**, declarou: “Hoje acertamos as contas. O mal recebeu um golpe, mas nossa tarefa ainda não foi concluída.”
O presidente dos Estados Unidos, **Joe Biden**, elogiou a morte de Sinwar, afirmando que “este é um bom dia para Israel, para os Estados Unidos e para o mundo.” Ele também ressaltou a possibilidade de um “dia seguinte em Gaza sem o Hamas no poder”, incentivando a busca por um acordo político que melhore a vida de israelenses e palestinos.
Outros líderes mundiais também se manifestaram, com a **vice-presidente Kamala Harris** ressaltando que “a justiça foi feita”, e o presidente francês, **Emmanuel Macron**, expressando solidariedade às vítimas dos ataques terroristas. A ministra das Relações Exteriores da Itália, **Annalena Baerbock**, e o secretário de Defesa do Reino Unido, **John Healey**, compartilharam visões semelhantes sobre Sinwar ser um obstáculo significativo para a paz na região.
Além das reações políticas, foi revelado que Israel utilizou dados de DNA coletados em uma cirurgia cerebral de Sinwar realizada em 2008 para confirmar sua identidade após sua morte. Este fato destaca a longa história de Sinwar dentro do serviço de inteligência israelense, que mantinha registros de suas operações.
A morte de Sinwar é vista como um ponto crítico no contexto mais amplo do conflito israelo-palestino. O impacto que isso terá sobre a estrutura de poder do Hamas e sobre a dinâmica de poder na região ainda é incerto, mas muitos observadores acreditam que esta pode ser uma oportunidade para um novo começo em Gaza, como aponta a declaração de Biden.
Para muitos, a eliminação de Yahya Sinwar representa não apenas uma vitória militar para Israel, mas também uma chance para que processos de paz sejam revigorados, embora a complexidade da situação no Oriente Médio não permita otimismos simples.
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Referências
- https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/10/17/morte-de-yahya-sinwar-numero-1-do-hamas-veja-reacao-de-lideres-internacionais.ghtml
- https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/10/17/israel-coletou-o-dna-do-lider-do-hamas-em-cirurgia-no-cerebro.htm
- https://veja.abril.com.br/mundo/guerra-ainda-nao-acabou-diz-netanyahu-apos-morte-de-lider-do-hamas/
