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Corpo diplomático debate conflitos contemporâneos enquanto lideranças se posicionam sobre a guerra

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursa em reunião do Brics.
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursa em reunião do Brics. Fonte: AFP.

A 16ª cúpula do Brics, realizada em Kazan, Rússia, trouxe à tona grandes tensões geopolíticas. O evento, ocorrido no dia 22 de outubro de 2024, foi marcado por uma declaração contundente contra o governo de Israel, enquanto o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, clamou por paz na Ucrânia.

A declaração final da cúpula criticou as ações israelenses na Faixa de Gaza, exigindo um “cessar-fogo imediato” e a entrega de ajuda humanitária. Entretanto, o communique não mencionou o Hamas, levantando questões sobre a imparcialidade do grupo. O texto enfatizava a “grave preocupação com a deterioração da situação e a crise humanitária no Território Palestino Ocupado”, mas fez uma omissão significativa ao não condenar explicitamente o Hamas, conforme relatado pelo colunista Jamil Chade.

Enquanto isso, a cúpula também foi palco de uma conversa crucial entre Modi e Putin. Na reunião, Modi reforçou que a Índia deseja um fim pacífico para o conflito na Ucrânia, declarando: “Acreditamos que os problemas devem ser resolvidos apenas por meios pacíficos”. Esse enclave de diálogo destaca o papel da Índia como um intermediário potencial em um cenário global conturbado, onde a busca pela paz e pela estabilidade é cada vez mais necessária.

No contexto do Oriente Médio, o bloco dos Brics expressou sua preocupação com as ações de Israel, afirmando: “Denunciamos os ataques israelenses contra operações humanitárias, instalações, pessoal e pontos de distribuição”. Para os líderes do Brics, “o agravamento do conflito na Faixa de Gaza alimenta a tensão e o extremismo”, clamando por ações que promovam a moderação e a diplomacia.

A ausência do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, devido a um acidente doméstico, não impediu que o Brasil marcasse presença na discussão, liderada pelo chanceler Mauro Vieira. Os debates prometem ter um grande impacto na geopolítica futura do bloco, especialmente em relação à inclusão de países em crises internas, como a Venezuela e a Nicarágua.

Com a cúpula do Brics funcionando como vitrine para as dinâmicas de poder global, a reafirmação das relações entre Índia e Rússia, junto com a crítica a Israel, indicam que o cenário da política internacional é cada vez mais complexo e fortemente interligado.

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Referências

  • https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/10/23/cupula-do-brics-denuncia-israel-omite-hamas-e-poupa-russia.htm
  • https://valor.globo.com/mundo/noticia/2024/10/23/modi-diz-a-putin-que-india-quer-paz-na-ucrania.ghtml
  • https://www.estadao.com.br/internacional/primeiro-ministro-da-india-se-encontra-com-putin-e-pede-restauracao-da-paz-na-ucrania/

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