Famoso por seu carisma e histórias emocionantes, Maguila deixa um legado que vai além do ringue!
Maguila derrota o americano James “Quebra Ossos” Smith, em São Paulo — Foto: Arquivo/Agência Estado.
O mundo do boxe brasileiro se despediu de uma de suas figuras mais icônicas. José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, faleceu aos 66 anos em São Paulo, deixando um legado inestimável na história do esporte. Reconhecido por suas habilidades no ringue e por sua personalidade carismática, Maguila foi um verdadeiro gladiador, enfrentando tanto adversários no boxe quanto desafios pessoais.
O lutador, que ganhou notoriedade nas décadas de 1980 e 1990, ficou famoso não apenas por suas vitórias, mas também por seu jeito irreverente e espirituoso de se comunicar. “Maguila era cada um de nós, brasileiros. Não teve facilidades, mas aproveitou todas as chances que apareceram diante de si”, afirmou o autor e jornalista Marcelo Russio em uma homenagem recente.
Maguila teve uma carreira marcada por grandes lutas e adversidades. Natural de Aracaju, ele começou a trabalhar cedo e viu no boxe uma oportunidade de mudar sua vida. “Ele refletiu as lutas que muitos de nós enfrentamos. Por meio do esporte, ele conseguiu realizar seus sonhos e inspirar uma geração”, completou Russio.
Irani Pinheiro, esposa de Maguila — Foto: Amanda Kestelman.
Nos últimos anos, Maguila lutou contra a encefalopatia traumática crônica (ETC), uma condição degenerativa que afeta muitos pugilistas. Desde 2018, ele havia concordado em doar seu cérebro para pesquisas sobre a doença, destacando sua preocupação com o legado que deixaria. “Maguila estava consciente da sua condição e queria ajudar a ciência, que poderia salvar futuras gerações de boxeadores”, relatou uma fonte próxima à família.
Ao longo de sua vida, o pugilista foi casado com Irani Pinheiro, com quem viveu uma linda história de amor. Eles enfrentaram muitos obstáculos juntos, incluindo o racismo, mas a união foi um exemplo de superação e companheirismo. “Foi uma luta que valeu a pena. Ela sempre soube gerenciar sua carreira e ficou ao seu lado, principalmente durante os momentos difíceis de sua doença”, comentou um dos amigos do casal.
Adilson Rodrigues Maguila, 28, e Irani Pinheiro, 21, na casa que construíam em 1987.
Hoje, o Brasil se despede de um verdadeiro ícone que, mesmo enfrentando desafios, sempre carregou consigo a essência do espírito humano. A história de Maguila não é apenas a de um lutador, mas a de um homem que soube valorizar cada momento, conquistando corações através de seu carisma e coragem.
Os fãs e admiradores de Maguila são convidados a compartilhar suas memórias sobre ele e seu impacto no esporte nos comentários abaixo. Sua vida e legado permanecem eternos na memória de todos os que o admiraram.
Referências
- https://ge.globo.com/combate/noticia/2024/10/24/opiniao-maguila-era-cada-um-de-nos.ghtml
- https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2024/10/maguila-concordou-em-doar-cerebro-para-pesquisa-ha-seis-anos-entenda-como-funciona-o-processo-cm2nyu0z200c0013ezipvsv5r.html
- https://www.uol.com.br/esporte/ultimas-noticias/2024/10/24/quem-e-irani-a-esposa-com-que-maguila-viveu-por-quatro-decadas.htm