Conflitos intensificam crises psicológicas entre as vítimas; conheça os relatos!
Por trás de uma cerca, homem sente-se à mesa em frente a mulher com uniforme de médica, usando véu, e com bandeira dos Médicos sem Fronteiras em primeiro plano.
O Líbano enfrenta uma verdadeira emergência de saúde mental devido ao recente conflito que se intensificou com os bombardeios israelenses. Segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), o impacto psicológico é devastador, especialmente entre crianças, que apresentaram sintomas graves como “vômitos e tremores descontrolados ao ouvirem explosões e drones”, conforme relatado pela consultora de saúde mental da MSF, Dayana Tabbara.
Desde o começo da intensificação dos conflitos em 23 de setembro, os números de deslocados internos aumentaram alarmantemente. A Organização Internacional para Migração (IOM) estima que atualmente há cerca de 809.043 pessoas deslocadas dentro do país. Para se ter uma ideia, isso representa cerca de 14% da população libanesa.
Muitas famílias, como a de Rana, que estava em uma microempresa de venda de roupas, foram forçadas a deixar suas casas e enfrentar o caos em busca de abrigo. “Recebi uma mensagem avisando que minha casa foi bombardeada e que não sobrou nada”, relata.
Além da questão de saúde mental, os bombardeios também afetaram as rotas de fuga. As fronteiras entre o Líbano e a Síria, que até então eram uma saída para muitos, foram bombardeadas, deixando, segundo a ONU, cerca de 200 mil libaneses presos e sem opção para escapar da guerra.
Crianças esperando na fronteira do Líbano com a Síria — Foto: REUTERS/Yamam al Shaar.
As consequências da guerra vão além do imediato, surgindo desafios de saúde pública, pois muitos deslocados que buscam assistência médica apresentam doenças como hipertensão, diabetes e queimaduras de terceiro grau devido aos ataques aéreos.
Ainda há uma necessidade urgente de serviços médicos e psicológicos no Líbano, mas a MSF enfrenta limitações operacionais devido à escalada da violência. “Não conseguimos garantir a segurança dos funcionários e pacientes”, comenta Tracy Makhlouf, da MSF. Algumas instalações de saúde foram desativadas, o que agrava ainda mais a crise humanitária no país.
Essa situação no Líbano é um convite à reflexão sobre a necessidade de apoio e solidariedade ao povo libanês, que enfrenta desafios sem precedentes. Os relatos das vítimas revelam a urgência de ações humanitárias e uma resposta internacional eficaz para aliviar essa crise.
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Referências
- https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/10/emergencia-de-saude-mental-impacta-milhares-devido-ao-conflito-no-libano-diz-medicos-sem-fronteiras.shtml
- https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/10/25/bombardeios-no-libano-fecham-fronteira-com-a-siria-onu-acusa-israel-de-bloquear-rotas-de-fuga-de-libaneses.ghtml
- https://www.terra.com.br/noticias/mundo/ataques-aereos-na-fronteira-de-israel-impedem-que-refugiados-fujam-do-libano-para-siria-diz-agencia-da-onu,21fcaf77b333938443f9a3583390373bbocxi5ft.html