A nova legislação pode aprofundar a miséria de milhões de palestinos; saiba mais sobre as implicações.
Parlamento de Israel aprova leis que proíbem funcionamento da agência da ONU no país — Foto: Reprodução/TV Globo.
No dia 28 de outubro de 2024, o Parlamento de Israel, conhecido como Knesset, aprovou uma legislação que proíbe a operação da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) em seu território. Esta medida, que designa a UNRWA como uma organização terrorista ligada ao Hamas, levanta alarmes sobre as consequências para a população palestina, especialmente em Gaza.
Os novos projetos de lei serão um obstáculo significativo para a UNRWA, que é responsável pela maior parte da ajuda humanitária destinada a refugiados na Palestina. A agência, que atende cerca de 5,9 milhões de palestinos, é essencial na assistência à saúde, educação e alimentação, em um contexto já crítico de crise humanitária.
Profissional de saúde palestino dá vacina contra poliomielite a uma criança em clínica administrada pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) na Faixa de Gaza.
Christopher Lockyear, secretário-geral de Médicos Sem Fronteiras (MSF), afirmou que “a UNRWA é uma tábua de salvação para os palestinos”. O impacto da nova legislação poderá afetar 1,7 milhão de refugiados em Gaza e também terá repercussões na Cisjordânia, onde os serviços de saúde e educação da agência são cruciais.
O apoio internacional a essa decisão é restrito. Apesar das orientações contrárias do Departamento de Estado dos EUA e de preocupações expressas por diversos países, a proposta de proibição foi aprovada com ampla maioria no Knesset, o que evidencia um aprofundamento nas tensões sobre a questão palestina.
Os críticos argumentam que a destruição da UNRWA não só deslegitima os serviços essenciais que a população palestina precisa, mas também representa um movimento estratégico para desmantelar o status de refugiado de milhões de palestinos. “Israel está efetivamente criando novos refugiados todos os dias”, declarou Aida Touma-Suleiman, uma legisladora árabe-israelense.
A continuidade das operações da UNRWA é vista como uma questão de direitos humanos. A situação, já dramática, poderá se agravar, e especialistas em direitos humanos pedem uma intervenção internacional imediata para preservar a assistência humanitária e evitar uma catástrofe adicional na região.
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Referências
- https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/10/28/parlamento-de-israel-aprova-leis-que-proibem-funcionamento-da-agencia-da-onu-no-pais.ghtml
- https://www.msf.org.br/noticias/proibicao-de-israel-a-unrwa-na-palestina-aprofundara-a-catastrofe-humanitaria/
- https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/proibicao-da-unwra-em-israel-pode-agravar-miseria-de-milhoes-de-palestinos/