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Julgamento dos assassinos da vereadora ocorre em meio às lembranças de Anielle Franco

Anielle Franco ao lado de Marielle Franco
Anielle Franco postou foto ao lado de Marielle Franco no dia 23 de julho de 2023, quando a vereadora assassinada completaria 44 anos — Foto: Anielle Franco (@aniellefranco)/X

Mais de seis anos após o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco, os réus Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz estão sendo julgados a partir desta quarta-feira, 30 de outubro de 2024, no Rio de Janeiro. A expectativa é que o júri, que envolve o duplo homicídio triplamente qualificado, dure cerca de dois dias. A ministra Anielle Franco, irmã de Marielle, participou de uma entrevista ao podcast “O Assunto” onde relembra a repercussão daquele dia triste.

Em uma narrativa poderosa, Anielle conta que, ao chegar ao local do crime, encontrou a polícia e foi impedida de se aproximar. Ela descreve a cena que viu: “Consegui chegar relativamente perto e ver a mão da minha irmã para o lado de fora do carro com o rosto e a cabeça bem desconfigurados. Não me deixam chegar perto”. Essa lembrança é uma dor viva para a família e para todos que defendem a justiça.

A resposta recebida por Anielle de um policial naquele dia foi trágica e revela o desprezo enfrentado por sua irmã. Ela compartilhou que questionou se Marielle havia sido vítima de um assalto e ouviu: “Não, não está com cara de ter sido um assalto. Também, ela estava falando mal de um monte de gente no Twitter”, referindo-se à atuação da polícia.

Os réus não estão sozinhos no julgamento; outros envolvidos também enfrentam acusações mais graves. Entre eles, estão os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como os mandantes do crime, e o delegado Rivaldo Barbosa, que teria sido o mentor por trás do assassinato. O caso continua a chocar a sociedade brasileira, não apenas pela brutalidade, mas também pela complexidade dos envolvidos.

Anielle, em sua entrevista, expressou que “a maior justiça seria ter Marielle aqui”, refletindo o desejo de todos que anseiam por justiça e por um ambiente onde tais tragédias não se repitam. O júri popular é transmitido ao vivo, o que permite que mais pessoas acompanhem essa importante fase na busca pela justiça.

Assim, a memória de Marielle Franco permanece viva, impulsionando reivindicações por justiça e igualdade em um Brasil que ainda enfrenta os desafios da violência e da impunidade.

Que a memória de Marielle e das lutas que ela representou inspire mudanças significativas na sociedade!

Referências

  • https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2024/10/30/ministra-anielle-franco-revela-resposta-brutal-que-ouviu-de-pm-ao-chegar-no-local-onde-marielle-foi-assassinada.ghtml
  • https://gauchazh.clicrbs.com.br/seguranca/noticia/2024/10/julgamento-dos-reus-pela-morte-da-vereadora-marielle-franco-acompanhe-ao-vivo-cm2vnx3eo009z012a61l8qcs6.html

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