Após seis anos de espera, tribunal traz alívio para familiares das vítimas!
Marinete, mãe da Marielle Franco; Antônio, o pai; a filha Luyara e a irmã Anielle se abraçam — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
O Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou, nesta quinta-feira (31), Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Lessa recebeu uma pena de **78 anos e 9 meses** de prisão, enquanto Queiroz foi condenado a **59 anos e 8 meses**. A decisão foi tomada após um julgamento que durou quase 23 horas, trazendo um desfecho esperado por muitos, após mais de seis anos desde os crimes.
A juíza Lúcia Glioche enfatizou em sua sentença: “A Justiça, por vezes, é lenta, é cega, é burra, é injusta, é errada, é torta. Mas ela chega”. Suas palavras ecoaram na sala do tribunal e trouxeram um sentimento de esperança para as famílias presentes.
“As famílias destroçadas pela dor da perda se abraçaram emocionadas”, destacou a reportagem. Entre as pessoas no tribunal estavam Marinete, mãe de Marielle, e a viúva de Anderson, Agatha Félix, que expressaram um misto de alívio e dor. “Esse é um marco para que não aconteça mais”, afirmou Mônica Benício, viúva de Marielle, durante as declarações emocionantes após a leitura da sentença.
Famílias de Marielle Franco e Anderson Gomes — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Os dois réus já haviam sido presos em março de 2019 e confessaram a participação nos assassinatos apenas em 2023, oferecendo acordos de delação premiada. Essa estratégia poderá influenciar no tempo que passarão na prisão, já que a Vara de Execuções Penais ainda determinará o período exato.
Durante seu depoimento, Ronnie Lessa descreveu friamente como executou os disparos: “Eu tentei concentrar o máximo no alvo, que era a vereadora Marielle”. Tal relato chocou os presentes na sala de audiência e reforçou a gravidade dos crimes cometidos.
A juíza também lembrou que “homicídio é um crime traumatizante” que deixa marcas nas vidas dos familiares das vítimas, lembrou ainda que o assassinato de Marielle transformou seu nome em um símbolo de luta pelos direitos humanos no Brasil e no mundo, despertando a indignação nacional e internacional.
Para muitos, esta condenação representa não apenas um fechamento de um ciclo de dor, mas uma esperança renovada em relação à justiça no Brasil, especialmente para aqueles que lutam em defesa da democracia e dos direitos humanos.
Como um chamado à ação, as famílias de Marielle e Anderson insistem que a luta não termina aqui: “Não acaba aqui, porque tem mandantes. A pergunta que nós vamos fazer é: quando serão condenados os mandantes?” disse Antonio Francisco, pai de Marielle, enfatizando a necessidade de continuar a busca por justiça.
A comunidade e o público em geral esperam que esta condenação seja apenas o primeiro passo para um sistema de justiça mais eficaz e justo para todos.
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Referências
- https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/10/31/tribunal-do-juri-do-rio-condena-ronnie-lessa-e-elcio-de-queiroz-pelos-assassinatos-de-marielle-franco-e-anderson-gomes.ghtml
- https://www.cartacapital.com.br/justica/a-justica-e-lenta-e-torta-mas-chega-leia-na-integra-a-sentenca-dos-assassinos-de-marielle/