Condenação de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes

Após um longo processo judicial, os ex-policiais foram condenados e a Justiça se manifesta com contundência!

Parentes e amigos de Marielle se emocionam após leitura da sentença — Foto: Reprodução

Na manhã de 31 de outubro de 2024, o 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro proferiu a sentença contra os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, responsáveis pelo brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. Após seis anos de investigações e trâmite judicial, a Justiça finalmente se manifesta com a condenação dos acusados, revelando a importância desse caso para a sociedade brasileira.

Ronnie Lessa foi sentenciado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio Queiroz recebeu uma pena de 59 anos e 8 meses. Durante o julgamento, ambos confessaram suas participações no crime, resultando também em penas por tentativa de homicídio e receptação do veículo utilizado no ataque. A juíza Lúcia Glioche, ao ler a sentença, lamentou a dor dos familiares e expressou: “A Justiça, por vezes, é lenta, é cega, é burra, é injusta, é errada, é torta, mas chega”.

Os condenados foram ainda responsabilizados a indenizar os familiares das vítimas em R$ 706 mil cada. Isso inclui pensão alimentícia para o filho de Anderson Gomes e outros familiares diretos de Marielle Franco. A magistrada lembrou que muitos anos de sofrimento não podem ser apaziguados somente pela sentença, mas enfatizou a importância do ato em si: “A sentença que será lida agora talvez não responda à pergunta que ecoou pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro… Quem matou Marielle e Anderson?”

Um grupo de pessoas se reúne em um protesto, vestindo camisetas com a frase ‘JUSTIÇA POR MARIELLE E ANDERSON’ — Foto: Reprodução

O caso de Marielle provocou uma onda de protestos em todo o Brasil e no exterior, demandando não apenas justiça específica para os assassinatos, mas também um contexto mais amplo de direitos humanos e segurança pública. A população clamou por respostas e por uma investigação eficaz, levando diversas manifestações a ocorrerem ao longo dos anos.

A demora na resolução do caso foi alvo frequente de críticas e protestos, especialmente durante os governos que não priorizaram as investigações. Atualmente, sob a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, novas estratégias estão sendo implementadas para assegurar que crimes não fiquem sem resposta.

Com a condenação, a esperança é que o justiceiro seja uma mensagem a outros potenciais criminosos e uma luz para as famílias que ainda aguardam respostas de outros casos de violência na política e sociedade brasileira.

O clamor por justiça continua vivo, e a sociedade brasileira demonstra que a luta por direitos e por reconhecimento das vidas perdidas, como a de Marielle Franco e Anderson Gomes, não será em vão. Comentários e compartilhamentos são bem-vindos abaixo.