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Descubra a surpreendente transformação de cemitérios em locais de cultura e aprendizado

Praça Clarimundo Pereira, onde hoje é o Museu Municipal, já foi um cemitério.
Praça Clarimundo Pereira, onde fica o Museu Municipal, já foi um cemitério, o segundo a ser construído na cidade — Foto: Eloisa Oliveira/g1

No dia 2 de novembro, o Brasil celebra o Dia de Finados, uma data em que as memórias de entes queridos falecidos são relembradas e homenageadas através de visitas a cemitérios. No entanto, em Uberlândia, essa relação com a morte tem um contexto ainda mais intrigante. Antigos cemitérios da cidade deram lugar a praças, escolas e museus, revelando uma rica história local.

O historiador Antônio Pereira da Silva destaca que o primeiro cemitério de Uberlândia foi inaugurado em 1853, no local que, atualmente, abriga a Praça Cícero Macedo. “Esse espaço se tornou um importante local de memória, onde foi enterrado o fundador do arraial que deu origem à cidade”, afirma.

Assim como a Praça Cícero Macedo, a Praça Clarimundo Pereira, onde se localiza o Museu Municipal, também tem uma história que remonta a um cemitério. Este espaço foi criado em 1881 e, após sua desativação, se tornou um local de lazer e entretenimento para os jovens da cidade, que jogavam futebol ali, como relata o historiador: “Pode-se dizer que foi ali que nasceu o futebol para Uberabinha através das peladas que o jovem Avenir Gomes fazia com uma velha bola de couro trazida de Uberaba”.

Cemitério Campo do Bom Pastor no Dia de Finados em 1993.
Cemitério Campo do Bom Pastor no Dia de Finados em 1993 — Foto: Arquivo Público de Uberlândia/Divulgação

Em outro exemplo, o antigo Cemitério São Paulo, inaugurado em 1940 e desativado em 1980, hoje abriga o Centro Municipal de Estudos e Projetos Educacionais Julieta Diniz (Cemepe) e outras escolas da região. Segundo Antonio, “o São Paulo era conhecido como o cemitério dos pobres, enquanto o São Pedro, ainda em operação, era visto como o cemitério dos ricos”.

Além da rica transformação de espaços em Uberlândia, a região também abriga histórias de cemitérios históricos, como o Cemitério dos Escravos em Santa Luzia, que, sem lápides, apenas um cruzeiro marca a memória dos que ali repousam.

A interação entre a memória histórica e a vida atual é o que torna o Dia de Finados um momento de reflexão sobre o passado, em um espaço que é hoje vibrante e cheio de atividades culturais.

A cidade de Uberlândia, com seus cemitérios transformados, continua a honrar aqueles que foram sepultados, ao mesmo tempo em que promove educação e lazer, unindo diferentes gerações em um único espaço que carrega uma profunda carga histórica.

Incentivamos todos a comentar abaixo sobre suas experiências neste Dia de Finados e compartilhar este artigo para que mais pessoas conheçam a rica história de Uberlândia.

Referências

  • https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2024/11/02/praca-museu-vila-militar-e-escola-veja-o-que-foi-construido-em-antigos-cemiterios-de-uberlandia.ghtml
  • https://record.r7.com/record-interior-sp/balanco-geral/prefeituras-da-regiao-preparam-cemiterios-para-receber-visitantes-no-dia-de-finados-01112024/
  • https://www.em.com.br/gerais/2024/11/6979246-cemiterios-povoados-pela-alma-da-historia.html

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