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O legado do fotógrafo que capturou momentos marcantes da história do Brasil e do mundo!

Exposição de fotos de Evandro Teixeira, destacando seu trabalho no Chile em 1973.
Visitante observa foto da exposição “Evandro Teixeira. Chile, 1973”, que também tinha fotos da ditadura no Brasil, como essa histórica — Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O fotojornalista Evandro Teixeira faleceu nesta segunda-feira (4) aos 88 anos, no Rio de Janeiro, vítima de falência múltipla de órgãos em decorrência de uma pneumonia. Reconhecido como um dos maiores nomes do fotojornalismo brasileiro, Evandro foi uma figura mítica no cenário da fotografia, capturando e documentando os principais eventos que marcaram a história do Brasil e do mundo ao longo de sua carreira.

Nascido na Bahia em 1935, Teixeira destacou-se por sua vasta obra que inclui mais de 150 mil imagens. Ele conseguiu projetar sua carreira ao cobrir momentos históricos, como o golpe militar de 1964 e a repressão à oposição política durante a ditadura militar. O presidente Lula, em um tributo, declarou que o Brasil perde uma “referência no fotojornalismo do nosso país e do mundo”.

O impacto de suas fotografias é indiscutível. “Evandro foi um fotógrafo que melhor registrou a política brasileira na segunda metade do século XX”, afirmou Ancelmo Gois. Suas lentes capturaram também a dureza da repressão, registrando cenas marcantes, como a conhecida imagem do estudante atacado por soldados em um protesto contra a ditadura em 1968. Essa foto, em particular, simboliza a brutalidade daquele período e reafirma a importância de sua obra como documento histórico.

Além do registro político e social, Evandro teve a versatilidade de também fotografar ícones culturais, desde Pelé até personalidades da música brasileira. Suas imagens transmitem uma estética única e uma sensibilidade apurada, como exemplificado em seu retrato de Chico Buarque, Tom Jobim e Vinicius de Moraes em uma cena descontraída.

Estudante sendo atacado por soldados durante protesto.
Estudante é atacado por soldados em protesto contra a ditadura militar, no Rio de Janeiro, em 1968. — Foto: Evandro Teixeira/Acervo IMS

A carreira de Teixeira foi recheada de coberturas importantes, incluindo diversos Jogos Olímpicos e Copas do Mundo. O seu legado vai além do fotojornalismo: ele é parte integrante da memória coletiva do Brasil. Evandro deixa, assim, um acervo que não só documenta a história, mas também narra a luta pela liberdade e a busca por justiça.

O corpo de Evandro foi velado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, onde amigos, parentes, admiradores e colegas de profissão prestaram suas últimas homenagens. Seu legado continua a inspirar fotógrafos e jornalistas em todo o país.

Ao final, que sua memória nos inspire a continuar buscando a verdade e a história por trás das imagens.

Referências

  • https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/11/04/veja-a-repercussao-da-morte-do-fotojornalista-evandro-teixeira.ghtml
  • https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/11/obra-de-evandro-teixeira-vai-bem-alem-do-registro-que-definiu-a-ditadura.shtml
  • https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/cidades/morre-evandro-teixeira-um-dos-maiores-fotojornalistas-do-brasil-1.1549318

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