Compartilhe

Familiares e amigos se reúnem em ato de despedida comovente na Câmara Municipal do Rio

Amigos, parentes e fãs lotam Câmara Municipal do Rio para despedida a Evandro Teixeira nesta terça-feira (5)
Amigos, parentes e fãs lotam Câmara Municipal do Rio para despedida a Evandro Teixeira nesta terça-feira (5) — Foto: Leandro Oliveira

O fotojornalismo brasileiro perdeu uma de suas maiores referências com a morte de Evandro Teixeira, que faleceu na segunda-feira (4), aos 88 anos, em decorrência de complicações de pneumonia. O corpo do icônico fotojornalista foi velado na manhã da terça-feira (5) na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, local escolhido pela família em virtude da conexão de Evandro com a história política do país.

Durante o velório, a presença de familiares, amigos e admiradores foi intensa, refletindo o grande impacto que sua obra causou. Carina Almeida, uma das filhas de Evandro, destacou a relevância do local da despedida, afirmando que “essa despedida dele aqui na Câmara é muito emblemática porque todo o registro dele do período do golpe militar e as fotos emblemáticas da passeata dos cem mil, aqui, viraram registros históricos.”

Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial do presidente Lula e um dos amigos próximos de Evandro, compartilhou sua admiração ao dizer: “Evandro era o tipo daquele fotógrafo que a fotografia vinha para ele, e não o contrário.”

Além do velório, o fotógrafo deixou um legado inestimável através de sua obra, que imortalizou momentos críticos da segunda metade do século XX, incluindo a ditadura militar no Brasil. Uma de suas fotografias mais emblemáticas, capturada durante a “Sexta-feira Sangrenta” em 1968, retrata um estudante perseguido por policiais na Cinelândia — essa imagem serve, inclusive, como símbolo de campanhas pela democracia, como a realizada pela Folha de S.Paulo em 2020.

Militante perseguido por militares cai na calçada diante do Theatro Municipal, na Cinelândia, em 1968
Militante perseguido por militares cai na calçada diante do Theatro Municipal, na Cinelândia, em 1968 — Foto: Evandro Teixeira/Acervo IMS

Na cerimônia, também foram exibidas fotografias de exposições anteriores, como “Evandro Teixeira. Chile, 1973”, que abordou tanto a ditadura brasileira quanto a chilena, reforçando seu papel como cronista visual da luta pela democracia.

Evandro poderá ter partido, mas suas imagens continuarão a contar histórias e a manter viva a memória coletiva de um Brasil que não deve ser esquecido. O legado de Evandro Teixeira transcende o tempo e inspira novas gerações. Para todos que tiveram a sorte de conhecer ou trabalhar com ele, sua importância é indiscutível, e ele permanecerá em nossos corações e em nossa história.

O portal convida todos a deixarem suas memórias e homenagens a esse grande mestre da fotografia nos comentários, assim como a compartilharem este texto em homenagem ao legado de Evandro Teixeira.

Referências

  • https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/11/05/corpo-de-evandro-teixeira-e-velado-na-camara-municipal-no-rio.ghtml
  • https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/06-11-2024/coluna-cesar-romero-06-de-novembro-de-2024.html
  • https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/11/foto-de-evandro-teixeira-foi-simbolo-de-campanha-da-folha-pela-democracia.shtml

Compartilhe

Veja também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *