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O artista que dedicou sua vida à pintura e à preservação do patrimônio histórico é lembrado por sua contribuição à cultura local.

Flávio Scholles em seu ateliê, fonte: Arquivo/GES
Flávio Scholles em seu ateliê. Fonte: Arquivo/GES

Faleceu na terça-feira, 5 de novembro, aos 74 anos, Flávio Scholles, um dos mais importantes artistas plásticos do Rio Grande do Sul. Internado no Hospital Dois Irmãos, Scholles lutava contra um câncer de próstata, diagnosticado cinco meses antes, que afetou sua capacidade de pintar, uma paixão que cultivou por cinco décadas.

Natural de Morro Reuter, Scholles foi um prodígio na arte de retratar a história dos imigrantes alemães na região do Vale do Sinos. Em suas conversas com a filha Rudaia, ele refletiu sobre sua vida, dizendo: “se morrer amanhã, fiz tudo que queria”. Essa frase resume o compromisso artístico e a dedicação que marcaram sua trajetória.

Scholles formou-se em desenho plástico pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas e iniciou sua formação em arte na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) em 1973. Sua obra, que inclui mais de 10 mil telas, é conhecida por sua forte conexão com a identidade cultural teuto-brasileira. O legado de Scholles inclui também monumentos, como o famoso “Monumento ao Sapateiro”, em Novo Hamburgo, inaugurado em 1979.

As homenagens ao artista foram numerosas. Municípios da região, como Morro Reuter, onde cresceu, e Dois Irmãos, onde passou seus últimos dias, manifestaram apoio e reconhecimento por sua contribuição à arte e cultura locais. “Sua obra seguirá inspirando gerações”, afirmou o governo municipal de Morro Reuter, que também decretou luto oficial de três dias em memória ao artista.

O corpo de Flávio Scholles será velado no Crematório e Cemitério Parque Jardim da Memória, em Novo Hamburgo, a partir de quarta-feira, 6 de novembro, com a cerimônia de cremação marcada para as 17 horas.

A história de Scholles não é apenas a de um artista, mas a de um homem que dedicou sua vida a contar as histórias de sua gente através da arte. O impacto de sua produção pode ser sentido não apenas no Vale do Sinos, mas em todas as partes do mundo onde suas obras estão expostas. Sua capacidade de unir arte e cultura transformou-o em um ícone, cuja memória será mantida viva pelas futuras gerações de artistas e apreciadores da cultura.

O legado de Flávio Scholles é indiscutível e continuará iluminando as trajetórias de muitos que se inspiram em sua obra.

Referências

  • https://www.abcmais.com/brasil/rio-grande-do-sul/50-anos-dedicados-a-pintura-o-adeus-da-regiao-a-flavio-scholles/
  • https://www.jornaldocomercio.com/cultura/2024/11/1178695-morre-em-dois-irmaos-o-artista-plastico-flavio-sholles.html

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