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Jordan Grafman apresenta pesquisas que buscam entender o papel da religiosidade na saúde e bem-estar humano

Jordan Grafman, neuropsicólogo que afirmou que Deus existe no cérebro.
Jordan Grafman, neuropsicólogo que afirmou que Deus existe no cérebro — Foto: Divulgação.

O neuropsicólogo Jordan Grafman, professor na *Northwestern University*, trouxe à tona uma discussão intrigante sobre a relação entre a neurociência e a espiritualidade. Em suas afirmações recentes, ele propõe que “Deus existe no cérebro”, o que abre portas para uma nova abordagem nos estudos sobre crenças religiosas.

Recentemente, Grafman firmou uma parceria com a Ciência Pioneira, afiliada ao *Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR)*, com o intuito de criar um centro virtual dedicado à pesquisa da “neurociência das crenças”. A iniciativa envolve uma colaboração entre pesquisadores brasileiros e internacionais, incluindo a participação do *King’s College London*. O foco principal está nas bases cerebrais das crenças religiosas e seus impactos na vida cotidiana e na saúde mental.

“Acredito que a religião e a crença desempenham papéis fundamentais na nossa sociedade”, afirmou Grafman em entrevistas. Segundo ele, o cérebro humano parece naturalmente predisposto a desenvolver crenças, seja em contextos religiosos ou não. “Uma vez que você é exposto à ideia de Deus, ela se fixa no seu cérebro”, destaca. Inclusive, até mesmo pessoas que se identificam como ateias possuem uma representação de Deus em suas estruturas cerebrais.

A pesquisa de Grafman não se limita a explorar apenas a espiritualidade; ele também analisa como as crenças podem ajudar a organizar sociedades e reduzir a ansiedade em indivíduos. “Crenças proporcionam segurança e conforto”, explica. Com cerca de 85% da população mundial acreditando em alguma forma de religião, entender essas crenças é crucial para o bem-estar coletivo.

Além disso, o neuropsicólogo destaca que a ciência pode ter um papel importante na compreensão da espiritualidade. De acordo com Grafman, muitos acadêmicos evitam discutir religião por receios relacionados à credibilidade científica. No entanto, ele apela para uma maior abertura para estudar o impacto da fé nas emoções e no comportamento humano.

“Estudamos as redes cerebrais associadas tanto à religião quanto a outras formas de crença, como nossas preferências políticas”, afirma Grafman. Esse tipo de mapeamento pode revelar como as crenças religiosas e políticas interagem dentro das configurações cerebrais, sugerindo que a maneira como se percebe a religião pode influenciar outras áreas da vida.

Dessa forma, o trabalho de Grafman representa uma nova fronteira na busca por compreensões mais profundas de como a fé e a crença se manifestam no cérebro, e como isso pode afetar a saúde e o bem-estar. Os avanços nas pesquisas podem não responder fundamentalmente à pergunta sobre a existência de Deus, mas certamente proporcionarão um esclarecimento sobre a importância das crenças em nossas vidas.

Os leitores são convidados a compartilhar suas opiniões e experiências sobre o tema nos comentários!

Referências

  • https://oglobo.globo.com/saude/bem-estar/noticia/2024/11/03/deus-existe-deus-existe-no-cerebro-diz-neuropsicologo-e-pesquisador.ghtml
  • https://ndmais.com.br/ciencia-e-espaco/neuropsicologo-sobre-pesquisa-que-estuda-os-impactos-da-religiao-deus-existe-no-cerebro/
  • https://comunhao.com.br/deus-existe-no-cerebro/

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