Descubra como o longa dirigido por Walter Salles ressoa com a atualidade e a luta contra o totalitarismo!
Imagem de ‘Ainda Estou Aqui’, filme de Walter Salles com Selton Mello e Fernanda Torres. Fonte: Divulgação.
O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, entrou em cartaz nos cinemas brasileiros e já tem gerado uma série de discussões sobre sua importância ao narrar a história de uma família sob a sombra da ditadura militar. Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, o longa é uma adaptação da obra homônima de Marcelo Rubens Paiva, que narra a experiência de sua mãe, Eunice Paiva, na busca pela verdade e justiça após a morte de seu marido.
A trama se desenrola nos anos 70, explorando a vida de Eunice Paiva, que, após a brutalidade do regime, se vê diante de desafios imensos para criar sozinha seus filhos. Em uma cena impactante, Eunice pergunta: “Você acha que não nos contando nada vocês estavam nos protegendo?”, uma frase que ecoa não apenas em seu contexto, mas também na realidade atual do Brasil. Essa busca por respostas e a luta pela memória são temas centrais do filme que destacam a vulnerabilidade da família e a resistência em tempos de opressão.
Conforme destacado por Flavia Guerra, colunista do UOL, a narrativa tem como propósito “contar a história de muitas famílias que nunca puderam enterrar seus mortos”, refletindo o sofrimento coletivo e a resiliência diante da violência e do abuso de poder. Walter Salles, conhecido por sua sensibilidade na direção, oferece um retrato sóbrio e emocional, evitando o melodrama e permitindo que a dor e a força da protagonista transpareçam de maneira verdadeira e impactante.
Enquanto o filme tem recebido aclamação internacional, incluindo prêmios no Festival de Veneza, as expectativas para o Oscar de 2025 também são altas. A atuação de Fernanda Torres como Eunice é considerada uma das mais fortes chances para a categoria de Melhor Atriz, além da possibilidade de indicações em Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme Internacional.
A recepção crítica tem sido muito positiva, e o filme é visto como uma peça essencial para compreender não apenas a trajetória de uma família, mas também a complexidade da história brasileira. Em uma de suas declarações, Walter Salles afirmou: “Um filme nunca está pronto. O filme só se completa quando o espectador vê o filme projetado e completa o filme”.
“Ainda Estou Aqui” promete não apenas ser uma experiência cinematográfica, mas também um convite à reflexão sobre o passado e o presente, desafiando o público a considerar o que significa viver em um tempo onde a luta pela verdade e justiça continua. Ao final, este filme não é apenas uma obra de arte, mas uma representação da força do amor familiar em tempos de adversidade.
Convidamos todos a assistirem ao filme e compartilharem suas impressões e reflexões nos comentários!
Referências
- https://www.uol.com.br/splash/colunas/flavia-guerra/2024/11/07/ainda-estou-aqui-faz-da-historia-de-uma-familia-a-historia-do-brasil.htm
- https://www.omelete.com.br/filmes/ainda-estou-aqui-oscar-2025-indicacoes-quais-categorias-explicado
- https://veja.abril.com.br/coluna/em-cartaz/fernanda-torres-revela-os-desafios-de-atuar-no-filme-ainda-estou-aqui/