O filme de Walter Salles traz uma história emocionante e provoca reflexões profundas
Fernanda Torres na coletiva de “Ainda Estou Aqui” no Festival de Veneza, em 1º de setembro de 2024. Fonte: Getty Images.
O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado pela aclamada atriz Fernanda Torres, estreou nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 7 de novembro de 2024. Desde sua primeira exibição no Festival de Veneza, o longa vem recebendo feedback extremamente positivo da crítica, com descrições como “uma carta de amor ao Brasil” e “espetacular”.
A trama gira em torno de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, que busca respostas sobre o desaparecimento do marido, Rubens Paiva, durante o regime militar no Brasil. A narrativa é uma adaptação do livro homônimo escrito por Marcelo Rubens Paiva, que retrata as consequências da ditadura na vida da família Paiva e como Eunice enfrentou esse luto.
Rodrigo Teixeira, produtor do filme, revelou que existe uma forte campanha para que Fernanda Torres seja indicada ao Oscar. Ele afirmou que a estratégia inclui mostrar a atriz ao público americano como uma artista de renome, reforçando que ela foi premiada como Melhor Atriz em Cannes em 1986. “A gente precisa tentar apresentá-la como uma atriz que já tem uma carreira consolidada no país de origem”, disse Teixeira à CNN.
Os especialistas apontam que a competição na categoria de Melhor Atriz está aberta, com nomes como Karla Sofía Gascón e Mikey Madison disputando a atenção, mas ainda sem uma favorita clara. Apesar disso, a presença de Fernanda Torres e a força de sua performance em “Ainda Estou Aqui” podem garantir um lugar entre as indicadas.
À CNN, Fernanda Torres compartilhou seus sentimentos sobre seu papel, dizendo que a sua personagem “combateu o estado autoritário através de uma imensa delicadeza combativa”. Esta abordagem torna a história não apenas um relato sobre o passado, mas também uma reflexão contemporânea sobre o poder e seus abusos.
Imagem colorida do filme Ainda Estou Aqui. Fonte: Metrópoles.
O filme apresenta um elenco estelar, incluindo Selton Mello, que dá vida ao deputado Rubens Paiva. Ambos os atores expressaram a gravidade e a responsabilidade de representar essa parte da história brasileira. Como destacou Mello, “[teve que criar] esse personagem de uma forma marcante o suficiente para reverberar ao longo do filme”.
“Ainda Estou Aqui” se posiciona não apenas como uma obra de entretenimento, mas como uma importante lembrança das feridas abertas da história do Brasil. Ao abordar temas de luta e esperança em meio à dor, o filme promete permanecer na memória do público, com a possibilidade de conquistar prêmios em festivais e premiações internacionais.
A expectativa para o Oscar 2025 é grande, e “Ainda Estou Aqui” definitivamente se tornou um dos principais candidatos a representar o Brasil nesta cerimônia, levando a forte mensagem da resiliência e da busca por justiça para um novo público.
Para aqueles que assistirem ao filme, a reflexão sobre a importância da memória e do reconhecimento dos erros do passado é inegável. Que possamos continuar apoiando produções que promovem o cinema brasileiro e suas histórias.
Referências
- https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/ainda-estou-aqui-fernanda-torres-tem-chance-no-oscar-2025/
- https://www.correiobraziliense.com.br/divirtasemais/2024/11/6981423-com-passaporte-para-o-oscar-filme-de-walter-salles-e-real-diamante.html
- https://www.metropoles.com/entretenimento/cinema/ainda-estou-aqui-e-dura-lembranca-de-tudo-o-que-a-ditadura-destruiu