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Descubra como o Brasil se destaca na premiação com a votação unânime da Academia Brasileira de Cinema

Cena do filme Ainda Estou Aqui
Ainda Estou Aqui — Foto: Alile Dara Onawal

O filme ‘Ainda Estou Aqui’, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro, busca uma vaga na disputada categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar 2025. A produção, que estreou esta semana, vem com grande expectativa após sua aclamada apresentação no Festival de Cine de Veneza, onde conquistou o prêmio de melhor roteiro.

A trama narra a história de uma família marcada pelo desaparecimento de um pai durante a ditadura militar no Brasil, evocando sentimentos de luta e sobrevivência. “Democracia é falha, mas é o melhor que temos”, disse Torres em um aviso contra ditaduras durante a estreia do filme, ressaltando a relevância do tema em tempos de polarização política.

A seleção do filme para representar o Brasil na próxima corrida ao Oscar não é uma mera coincidência. ‘Ainda Estou Aqui’ foi escolhido por unanimidade pela Academia Brasileira de Cinema, destacando-se entre 11 outras produções. Para ser elegível, o filme precisou estrear no Brasil entre 1º de novembro de 2023 e 30 de setembro de 2024, permanecendo nas salas de cinema por pelo menos uma semana consecutiva.

Fernanda Torres no Festival Internacional de Veneza
Fernanda Torres, atriz de ‘Ainda estou aqui’, no Festival Internacional de Veneza. — Foto: Alberto Pizzoli/AFP

Os filmes internacionais que buscam uma indicação ao Oscar devem respeitar algumas diretrizes: ter mais de 40 minutos de duração, serem produzidos fora dos EUA e conter uma parte significativa de diálogos em idiomas que não sejam o inglês. Após o processo de seleção nacional, a disputa se amplia, onde o filme passa a ser avaliado por membros da Academia para chegar aos indicados finais. A lista com os 15 finalistas será divulgada no dia 17 de dezembro.

O impacto de ‘Ainda Estou Aqui’ vai além do que é mostrado nas telas. Em uma recente entrevista, o autor do livro que inspirou o filme, Marcelo Rubens Paiva, enfatizou a importância de retratar a história da ditadura militar no Brasil. “O papel do cinema e da literatura é lembrar”, destacou. O longa é um convite à reflexão sobre os horrores da intolerância e os desafios que a democracia enfrenta atualmente.

Com o Oscar se aproximando, a expectativa em torno de ‘Ainda Estou Aqui’ apenas aumenta. Essa obra não só representa o Brasil, mas também traz à tona discussões pertinentes sobre passado e futuro, e a luta pela justiça e memória histórica.

Referências

  • https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2024/11/09/como-um-longa-e-indicado-ao-oscar-de-melhor-filme-internacional-ainda-estou-aqui-tenta-vaga-na-premiacao.ghtml
  • https://www.estadao.com.br/web-stories/cultura/cinema/como-ainda-estou-aqui-6-filmes-sobre-a-ditadura-militar-para-assistir-no-streaming-nprec/
  • https://www.terra.com.br/noticias/brasil/marcelo-rubens-paiva-papel-do-cinema-e-da-literatura-e-lembrar,b9ba19e97198142e4469336ed337aaee0jqudl7i.html

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