Fato gera novas investigações sobre a segurança do terminal e ameaças da facção criminosa
Homem assassinado no aeroporto de Guarulhos — Foto: Reprodução/TV Globo
Um trágico incidente ocorreu no Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde o motorista de aplicativo Celso Araujo Sampaio de Novais, de 41 anos, sucumbiu aos ferimentos após ser atingido durante a execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, um delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Guarulhos, mas não resistiu e faleceu no último sábado, 9 de novembro de 2024.
Os relatos indicam que Celso foi baleado nas costas enquanto estava próximo ao local do ataque. Além dele, outras pessoas também ficaram feridas: um funcionário do aeroporto, que teve um ferimento na mão, e uma mulher, que levou um tiro de raspão no abdômen, mas já teve alta.
No momento do ataque a Gritzbach, que aconteceu por volta das 16h, dois homens desceram de um carro preto e dispararam em plena luz do dia, resultando em pelo menos 29 disparos de calibres diversos. Gritzbach foi atingido por uma sequência impressionante de 10 tiros. Imagens e vídeos da cena, que mostram o pânico no terminal, geraram uma onda de preocupação sobre a segurança pública nesse local estratégico.
A Polícia Civil, responsável pelas investigações, ressaltou a complexidade do caso. De acordo com a análise inicial, os atiradores pareciam ter treinamento especializado e informações privilegiadas sobre a movimentação da vítima. O ataque foi realizado em um local de alta segurança, que conta com a presença de autoridades policiais diversas e um sistema de monitoramento por câmeras.
A investigação também se concentra nas circunstâncias em que os seguranças de Gritzbach falharam em proteger o empresário no momento do ataque, já que apenas um deles estava próximo. Informações revelam que ele havia solicitado segurança do Ministério Público, mas a proteção foi recusada.
No panorama político, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, criticou o governo federal pela resposta inadequada a essa situação e enfatizou que as ações contra facções criminosas precisam ser mais contundentes. Caiado afirmou que o caso representa uma oportunidade para o governo federal mostrar compromisso no combate à violência, afirmando que o crime foi provavelmente uma decorrência da delação de Gritzbach sobre crimes de lavagem de dinheiro envolvendo o tráfico.
O caso permanece sob intenso escrutínio da mídia e da sociedade, gerando debate sobre a proteção de testemunhas e a segurança em áreas públicas. A expectativa é de que os responsáveis pela execução sejam identificados e levados à justiça em breve.
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Referências
- https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/11/09/motorista-de-aplicativo-ferido-em-execucao-de-empresario-em-sp-morre-em-hospital.ghtml
- https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/11/morte-em-guarulhos-indica-que-atiradores-tinham-treinamento-e-informacao-privilegiada.shtml
- https://www.poder360.com.br/seguranca-publica/caiado-critica-governo-federal-por-assassinato-em-guarulhos/