Auditorias revelam falhas operacionais e a possibilidade de rescisão de contratos com as empresas Transwolff e UPBus!
As empresas Transwolff e UPBus alvos de operação do Ministério Público de São Paulo. — Foto: Acervo Pessoa/Divulgação
A Prefeitura de São Paulo notificou as empresas de ônibus UPBus e Transwolff a apresentarem defesa sobre irregularidades e falhas operacionais constatadas por auditorias recentes. O prazo para as empresas se pronunciarem é de 15 dias, a partir do último dia 31 de outubro.
Essas notificações são parte de uma investigação mais ampla, denominada Operação Fim da Linha, liderada pelo Ministério Público de São Paulo. A investigação apura o suposto envolvimento das empresas com o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das facções criminosas mais influentes do Brasil. Segundo um relatório de auditoria, a Transwolff estaria com condições financeiras comprometidas, levando a Prefeitura a considerar a rescisão do contrato. Já a UPBus, que possui sócios com ligações suspeitas com o tráfico de drogas, também poderá ter seus contratos analisados a fundo.
Durante a auditoria, foram reveladas práticas administrativas irregulares que levantam preocupações sobre a manutenção da concessão. Em nota, a Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana afirmou que “as empresas citadas seguem sob intervenção, priorizando a manutenção da prestação de serviço de transporte público à população”.
A pressão sobre a administração do prefeito Ricardo Nunes (MDB) aumentou, especialmente durante o período eleitoral, em que seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), destacou que as empresas de ônibus receberam da Prefeitura R$ 800 milhões. Boulos frisou: “O prefeito deve explicações ao povo de São Paulo. Esse absurdo não pode ficar sem investigação”.
Microônibus da empresa UPBus, que opera na Zona Leste de São Paulo e foi alvo de operação do Ministério Público. — Foto: Divulgação/UPBus
Até o momento, apenas a Transwolff foi considerada falível para possíveis rompimentos de contrato, enquanto não foram encontradas irregularidades na UPBus. As acusações em andamento incluem crimes relacionados a organização criminosa e lavagem de dinheiro, que têm sido associados ao envolvimento das empresas com o crime organizado.
Uma das descobertas mais alarmantes foi a apreensão de armas na residência de um dos donos da Transwolff, o que acendeu um alerta sobre a possível infiltracão do crime organizado na operação do transporte público da cidade.
“Não haverá nenhum funcionário sem pagamento de salário”, declarou Nunes, referindo-se ao comprometimento em manter os serviços urbanos funcionando, mesmo diante das dificuldades encontradas nas operações das empresas.
As investigações continuarão, e é esperado que mais informações venham à tona no decorrer do processo.
Este assunto é relevante e suscita questões importantes sobre a segurança e eficiência do transporte público em São Paulo. O leitor é encorajado a compartilhar suas opiniões e comentários sobre a situação atual.
Referências
- https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/11/06/prefeitura-de-sp-notifica-upbus-e-transwolff-a-apresentarem-defesa-em-processo-que-pode-rescindir-contratos-de-concessao-de-onibus-na-capital.ghtml
- https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/2024-11-10/nunes-demitir-empresa-onibus-pcc.html