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Qual será o futuro da inclusão e do respeito na educação?

Estudante de Direito da PUC-SP é filmado gritando 'cotista' contra alunos da USP, durante jogos universitários.
Fonte: Reprodução/Instagram/@leticiachagassp / Estadão

Um incidente lamentável ocorreu durante os Jogos Jurídicos, realizados no último sábado, 16 de novembro, na cidade de Americana, São Paulo. Alunos da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram filmados fazendo ofensas racistas dirigidas a estudantes da Universidade de São Paulo (USP). O grupo insultou os uspianos utilizando termos como “cotista” e “pobre”, o que gerou indignação e reações de repúdio de várias instituições.

Imagens do episódio ganharam destaque nas redes sociais, onde é possível ver torcedores da PUC-SP proferindo ofensas. “Essas manifestações são absolutamente inadmissíveis e vão de encontro aos valores democráticos e humanistas, historicamente defendidos por nossas instituições”, afirmaram em nota conjunta as diretorias das faculdades envolvidas e os centros acadêmicos de ambas as universidades.

A Universidade de São Paulo, que implementou o sistema de cotas em 2017, possui atualmente 45,1% de seus estudantes oriundos de escolas públicas e cerca de 23,2% se autodeclaram negros, pardos e indígenas. O sistema de cotas é uma importante ferramenta para promover a inclusão dentro da universidade, mas, como mostrou esse episódio, ainda existem desafios a serem superados.

A organização dos Jogos Jurídicos tomou medidas imediatas, banindo a torcida da PUC-SP do eventos restantes do campeonato. “Chegou ao nosso entendimento que as devidas ações já foram feitas contra os agressores visando assegurar que os atos racistas registrados sejam investigados e responsabilizados conforme a lei”, informou a organização em comunicado.

A Reitoria da PUC-SP também emitiu uma nota repudiando o evento: “Lamentamos profundamente o episódio ocorrido e estabelecemos que ações firmes serão tomadas para apurar os fatos e promover a conscientização dos envolvidos.” A universidade destacou ainda sua participação em políticas de inclusão social e racial, e se comprometeu a implementar protocolos de educação antirracista e fortalecer canais de ouvidoria.

O episódio trouxe à tona uma discussão urgente sobre a necessidade de promover uma cultura de respeito e inclusão nas instituições de ensino. A covereadora Letícia Le já manifestou sua intenção de acionar o Ministério Público para investigar o caso, destacando a importância de ambientes seguros para todos os estudantes.

Ao final, espera-se que esse complicado episódio sirva como um marco para fomentar diálogo e fortalecer o compromisso com políticas inclusivas. Que o respeito e a inclusão prevaleçam nas instituições educacionais.

Referências

  • https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/alunos-de-direito-da-puc-sp-gritam-cotista-e-pobre-para-ofender-estudantes-da-usp-em-jogos,00bf07efb80f42856297aedcf853d2a37g3wp6j1.html

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