Compartilhe

Decisão de Biden pode intensificar confronto entre Ucrânia e Rússia

Zelensky e Biden após assinarem acordo
Zelensky e Biden após assinarem acordo nesta quinta-feira (13). — Foto: Alessandro Garofalo/Reuters.

O cenário geopolítico entre Ucrânia e Rússia ganhou novas proporções após os Estados Unidos autorizarem a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance, especificamente os ATACMS. Essa autorização foi vista com receio pelo Kremlin, que alertou sobre a possibilidade de uma escalada global do conflito. O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, afirmou que a decisão de Joe Biden é uma forma de “colocar lenha na fogueira” do conflito em curso desde fevereiro de 2022.

A autorização para que a Ucrânia utilize os mísseis ATACMS, capazes de atingir alvos a até 300 quilômetros de distância, foi destacada em uma reportagem do *The New York Times*. A mudança de postura do governo americano se deu em meio a um aumento da presença de tropas norte-coreanas na Rússia, lutando ao lado das forças de Putin. Na visão de Biden, esta decisão é crucial para a defesa da soberania ucraniana e uma resposta necessária ao crescente envolvimento militar da Coreia do Norte.

“Os mísseis falam por si mesmos”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sem grandes delongas sobre os impactos da decisão. As informações indicam que os mísseis podem ser utilizados principalmente na região de Kursk, onde a Ucrânia já havia realizado uma ousada contraofensiva.

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em reunião do G20
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em reunião da Cúpula do G20, no Rio.

Durante a Cúpula do G20, Biden reiterou o suporte dos Estados Unidos à Ucrânia e pediu que outros líderes mundiais aumentem a pressão sobre o Hamas, além de manter a soberania ucraniana como prioridade. Sua fala reforçou o papel ativo dos EUA no apoio à nação sob ataque e gerou discussões sobre as responsabilidades de outros países na contenção da agressão russa.

O envolvimento militar da Coreia do Norte e a autorização do uso dos mísseis provocaram reações imediatas de parlamentares russos, que consideram a medida sem precedentes e uma potencial provocação que poderia levar a uma “terceira guerra mundial”.

Com as tensões atingindo níveis críticos, as autoridades americanas ainda enfrentam divisões internamente sobre o fornecimento desses armamentos, embora o clima de urgência na guerra tenha demonstrado a necessidade de ações concretas contra a Rússia. A situação permanece fluida e os desdobramentos desse novo capítulo no conflito poderão definir diretrizes futuras de política externa para os Estados Unidos.

A expectativa é que a autorização de Biden represente apenas o início de uma nova fase de confronto entre as forças ucranianas e russas, com um horizonte incerto sobre as reações de Moscou. Este é um momento crucial, e o impacto dessa decisão poderá reverberar por várias esferas do cenário internacional.

Referências

  • https://g1.globo.com/mundo/ucrania-russia/noticia/2024/11/18/eua-colocarao-lenha-na-fogueira-com-autorizacao-de-uso-de-misseis-pela-ucrania-diz-kremlin.ghtml
  • https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2024/11/18/biden-g20-fala.htm
  • https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/conheca-os-misseis-de-longo-alcance-que-a-ucrania-pode-usar-contra-russia/

Compartilhe

Veja também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *