Um marco alarmante na escalada do conflito: o que isso significa?
Descrição: A Rússia afirmou ter realizado novos exercícios militares nucleares, sob a supervisão do presidente Vladimir Putin. Fonte: Reprodução/Telegram/Ministério da Defesa da Federação Russa
No dia 21 de novembro de 2024, a Rússia lançou um míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia, um ato que, de acordo com o Exército ucraniano, marca a primeira vez que tal armamento é utilizado desde o início do conflito em 2022. O ataque teve como alvo a cidade de Dnipro, situada a mil quilômetros de distância da fonte do lançamento, na região de Astrakhan, no sul da Rússia.
Conforme informações divulgadas, o míssil intercontinental é uma arma de longo alcance, capaz de transportar ogivas nucleares, projetado para cobrir distâncias superiores a 5.600 km. Em meio a tensões crescentes, especialmente após a autorização dos Estados Unidos e do Reino Unido para que a Ucrânia utilizasse mísseis para atingir alvos na Rússia, essa ação por parte de Moscou foi interpretada como uma resposta significativa.
Ainda não se sabe com exatidão quais foram os danos provocados pelo ataque em Dnipro. As autoridades ucranianas destacaram que, durante o mesmo evento, seis mísseis de cruzeiro russos foram interceptados pelas defesas aéreas ucranianas.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, não se pronunciou sobre o ataque direto, informando apenas que não havia comentário a ser feito no momento. Após o lançamento do míssil, a Rússia também reivindicou ter abatido mísseis de cruzeiro britânicos no território russo, aumentando ainda mais as tensões na área.
Moscou está diante de um novo marco em sua estratégia militar. Poucos dias antes do lançamento, o presidente Vladimir Putin havia flexibilizado as diretrizes de uso de seu arsenal nuclear, permitindo uma resposta até mesmo a ataques convencionais que contassem com apoio de potências nucleares, o que implicaria diretamente as operações ucranianas.
Essa escalada na guerra levanta preocupações significativas sobre o futuro do conflito, com a possibilidade de uma intensificação da luta e implicações mais amplas na geopolítica internacional, especialmente entre os países aliados da NATO.
Para mostrar a força da defesa ucraniana, vale ressaltar que, em um incidente separado no dia 20 de novembro, uma ex-professora de jardim de infância, Natalia Grabarchuk, foi homenageada por suas ações heroicas ao derrubar um míssil russo com um sistema de defesa aérea. Esse feito sublinha o envolvimento e a mobilização da população ucraniana no esforço de defesa nacional.
O uso de armas de destruição em massa nunca esteve tão próximo de um cenário real, sublinhando a necessidade urgente de um diálogo e uma solução pacífica para o conflito em andamento.
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Referências
- https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/11/21/russia-dispara-missil-intercontinental-contra-ucrania-primeira-vez.ghtml
- https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/11/21/kiev-acusa-russia-de-lancar-missil-balistico-intercontinental-pela-1-vez.htm
- https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/video-ex-professora-de-jardim-de-infancia-da-ucrania-derruba-missil-russo/