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Veja como o Kremlin intensifica tensões ao utilizar armamento de última geração

Presidente da Rússia, Vladmir Putin, discursa em reunião do Brics
Presidente da Rússia, Vladmir Putin, discursa em reunião do Brics. Fonte: Alexander Nemenov / Pool / AFP

O Kremlin confirmou recentemente o lançamento de um novo míssil balístico hipersônico, conhecido como Oreshnik, direcionado a alvos na Ucrânia. Essa ação é vista como uma provocação direta contra o Ocidente, especialmente em um momento em que as tensões entre os países estão elevadas. O presidente russo, Vladimir Putin, caracterizou o ataque como uma resposta a ações consideradas ‘imprudentes’ por parte dos ocidentais em apoio à Ucrânia.

Durante um discurso, Putin afirmou que “as decisões e ações imprudentes dos países ocidentais não podem ficar sem uma reação do lado russo”. Essa declaração foi reforçada por Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, que enfatizou que a Rússia não era obrigada a notificar os EUA sobre o lançamento do míssil, mas decidiu fazê-lo 30 minutos antes do ataque.

Com capacidade de voar a velocidades de até dez vezes a velocidade do som, o Oreshnik é um míssil que pode carregar múltiplas ogivas nucleares, o que eleva a ameaça direta tanto para a Ucrânia quanto para seus aliados. Analistas apontam que o uso desse tipo de armamento transforma o ataque em uma clara mensagem de que a Rússia vê a guerra na Ucrânia como um conflito global.

Especialistas em segurança internacional estão preocupados com as implicações desse ataque. Segundo Tom Karako, diretor do projeto de defesa de mísseis no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Washington, o impacto do disparo do Oreshnik é significativo, pois pode ameaçar o equilíbrio nuclear que foi mantido desde a Guerra Fria. “É um sinal bem nítido”, disse Karako, referindo-se ao uso desse míssil.

Os efeitos da escalada estão sendo analisados. O ataque ocorreu em meio a um clima de crescente tensão após os EUA e aliados terem autorizado a entrega de mísseis de longo alcance para a Ucrânia. Em resposta, Putin afirmou que “um conflito regional na Ucrânia adquiriu elementos de caráter global”, indicando que as ações de Kiev, apoiadas pelo Ocidente, não ficarão impunes.

À medida que o diálogo diplomático se torna mais difícil, a pergunta que prevalece entre especialistas é: até onde a Rússia está disposta a ir para reafirmar sua posição no cenário global sem que isso resulte em um confronto direto com o Ocidente?

Essa intensificação das hostilidades ressalta os perigos de um conflito mais amplo e as implicações que isso poderia ter, não apenas para a Ucrânia e a Rússia, mas para a segurança global como um todo.

Os leitores são incentivados a deixar seus comentários sobre como esta situação pode se desenrolar e as possíveis consequências para a comunidade internacional. Compartilhe suas opiniões e vamos continuar este debate essencial.

Referências

  • https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2024/11/22/russia-diz-que-ataque-com-missil-hipersonico-na-ucrania-foi-aviso-ao-ocidente.htm
  • https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2024/11/22/missil-com-capacidade-de-lancar-ogivas-nucleares-disparado-pela-russia-na-ucrania-ameaca-doutrina-da-guerra-fria.ghtml
  • https://istoe.com.br/russia-dispara-novo-missil-experimental-contra-ucrania-e-putin-fala-em-guerra-global/

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