IPCA-15 Atinge 0,62% em Novembro e Supreende Projeções do Mercado

Alta impulsionada por alimentos e transporte revela desafios para a economia brasileira!

IPCA-15 é uma prévia da inflação no Brasil, mostrando o comportamento dos preços. Fonte: IBGE.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou para 0,62% em novembro de 2024, superando as expectativas do mercado que projetavam uma alta de 0,50%. Essa informação foi divulgada pelo IBGE e mostra um crescimento significativo em relação ao mês anterior, que teve uma variação de 0,54%.

O resultado mais recente coloca o IPCA-15 em 4,77% no acumulado de 12 meses, ultrapassando o teto da meta de 4,5% estabelecido para 2024. Segundo o economista André Braz, do FGV Ibre, “os dados diminuem muito a chance de o IPCA fechar o ano dentro da meta”. Além disso, a taxa é a mais alta para meses de novembro desde 2021.

Entre os itens que contribuíram para essa alta, a alimentação e bebidas teve um dos maiores impactos, com aumento de 1,34%. Os preços de itens como óleo de soja e tomate subiram 8,38% e 8,15%, respectivamente. As carnes também mostraram uma alta significativa, com aumentos de 7,54%, a maior desde dezembro de 2019.

Consumidor faz compras em setor de carnes de supermercado em São Paulo. Fonte: Adriano Vizoni – 24.set.24/Folhapress.

Outro fator que impactou o índice foi a alta de passagens aéreas, que aumentaram 22,56%, gerando o maior impacto individual no índice deste mês. O comportamento dessas tarifas reflete a pressão inflacionária em um período onde a demanda costuma ser mais alta devido às festividades de final de ano.

Embora a leitura do IPCA-15 tenha trazido surpresas, especialistas afirmam que não há sinais de descontrole inflacionário. “Estou otimista em relação ao controle da inflação, apesar de um aumento pontual”, diz Andrea Damico, economista-chefe da Armor Capital. As expectativas sobre o mercado e a análise de núcleos de inflação indicam que a situação é monitorável.

Para os próximos meses, a expectativa é que os preços dos alimentos e serviços continuem a ser influências significativas nos índices de inflação, colocando pressão adicional sobre o Banco Central para manter as taxas de juros em níveis adequados. Os economistas projetam que o IPCA pode fechar o ano entre 4,6% e 4,7% se as condições atuais persistirem.

Esse cenário demanda atenção especial dos consumidores e instituições financeiras, e é fundamental que os cidadãos fiquem informados sobre as variações de preços que podem impactar seu orçamento.

O que você acha sobre a inflação atual e seus impactos no dia a dia? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua opinião!