Conheça a Ocupação “Sala Lilás” na USP e a memória de Janaína Bezerra, símbolo de resistência
Memorial Janaína da Silva Bezerra, na Universidade Federal do Piauí (UFPI) — Foto: Ascom UFPI
A luta pelo reconhecimento e acolhimento de vítimas de violência de gênero ganhou um novo espaço na Universidade de São Paulo (USP) com a criação da Ocupação Sala Lilás “Janaína Bezerra Vive”. Este centro de referência, inaugurado em 25 de novembro de 2024, foi batizado em homenagem à estudante Janaína Bezerra, que foi brutalmente assassinada em sua universidade, a Universidade Federal do Piauí (UFPI), em 2023.
Janaína da Silva Bezerra, de apenas 22 anos, era estudante de jornalismo e se destacou na luta pela justiça e por direitos das mulheres. Após seu trágico feminicídio, sua história se tornou um símbolo da necessidade de espaços de apoio e da urgência em combater a violência de gênero nas instituições de ensino.
Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, foi morta após ser estuprada e ter o pescoço quebrado em Teresina — Foto: Reprodução
A Sala Lilás, localizada no campus Butantã da USP, surgiu de um espaço abandonado da universidade e visa oferecer acolhimento a mulheres vítimas de violência. Segundo Naomi Asato, uma das organizadoras do projeto, “o espaço é para organizar mulheres em nossa universidade, denunciando a falta de medidas efetivas para as vítimas de violência no campus”. Além do suporte psicológico, a ocupação também pretende promover atividades culturais e de formação política.
Apesar do apoio estudantil, a reitoria da USP ainda não se manifestou sobre a ocupação. A universidade está revisando seus protocolos de assistência às vítimas, que devem ser concluídos até o início de 2025. Os estudantes, no entanto, continuam a reivindicar a implementação de um centro de referência que acolha e dê suporte às vítimas de violência.
Quem foi Janaína Bezerra, aluna da UFPI homenageada em São Paulo? — Foto: Reprodução
O legado de Janaína Bezerra, portanto, se estende por meio da Ocupação Sala Lilás, que busca não só honrar sua memória, mas também transformar a cultura de silêncio em uma cultura de apoio e resistência. Ativistas e estudantes clamam por justiça e pelo reconhecimento das dores vividas por tantas mulheres em ambiente acadêmico.
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Referências
- https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2024/11/26/quem-foi-janaina-bezerra-estudante-de-teresina-que-da-nome-a-sala-de-apoio-a-vitimas-de-violencia-de-genero-na-usp.ghtml
- https://averdade.org.br/2024/11/nasce-a-ocupacao-sala-lilas-janaina-bezerra-vive-na-usp/
