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Consumidores se preocupam com o fortalecimento do monopólio da Ticketmaster após nova legislação

Logo da Ticketmaster
Logo da Ticketmaster. Fonte: Ticketmaster.

Uma recente lei assinada pela Governadora de Massachusetts, Maura Healey, trouxe à tona intensas controvérsias, especialmente entre grupos de defesa dos consumidores. A legislação, que tem como foco o desenvolvimento econômico, inclui uma cláusula que permite que vendedores de ingressos impeçam os compradores de transferirem ou revenderem seus ingressos, ou que restringem as vendas apenas à plataforma original onde a compra foi realizada. Essa medida, descrita como uma forma de fortalecer o monopólio da Ticketmaster, gerou críticas significativas de defensores dos direitos dos consumidores.

Para os críticos, como a diretora de programas legislativos da MASSPIRG, Deirdre Cummings, a nova legislação é uma “linguagem anti-consumidor”. Cummings defende que “quando você compra ingressos para shows, esportes ou outros eventos, deve poder fazer o que quiser, incluindo revender ou dar para amigos e família”. Essa opinião é compartilhada por um grupo de organizações de defesa do consumidor que já alertou a governadora sobre os riscos de um aumento nas taxas e na diminuição das proteções para os consumidores, após a assinatura da nova lei no dia 20 de novembro.

A nova norma também exige que as plataformas de venda de ingressos divulguem claramente os preços e proíbe o uso de bots para compra automática. Entretanto, a maior preocupação recai sobre a possibilidade de grandes vendedores, como a Ticketmaster, se beneficiarem dessas regras, restringindo ainda mais a competitividade no mercado. Como apontado por Todd O’Boyle, diretor sênior de política de tecnologia da Chamber of Progress, “Massachusetts está abrindo a porta para a Live Nation fortalecer seu monopólio ao cortar a transferência de ingressos”.

Além disso, estudos realizados por grupos de defesa do consumidor indicam que os fãs economizaram bastante ao comprar ingressos em marketplaces de revenda. Em Massachusetts, por exemplo, a organização Protect Ticket Rights calculou que 13,87 milhões de dólares foram economizados por fãs que adquiriram ingressos por meio dessas plataformas entre 2017 e 2024.

Em resposta, a Live Nation defendeu a nova legislação, afirmando que “os defensores de corretores se disfarçam de defensores dos consumidores” e que a nova lei “garante que artistas e equipes tenham a escolha de limitar a revenda e proteger seus fãs de pagarem preços exorbitantes a revendedores”.

Com o início da próxima sessão legislativa em 2025, há uma expectativa crescente de que essa questão retorne ao debate público, à medida que os legisladores buscam equilibrar os interesses dos consumidores com as necessidades dos vendedores de ingressos.

As implicações dessa nova lei são vastas e vão impactar diretamente a experiência de compra dos fãs de eventos, especialmente em um cenário já marcado por altas taxas e acessibilidade limitada a grandes shows e eventos esportivos.

Se você tem uma opinião sobre a nova legislação de transferência de ingressos em Massachusetts, compartilhe nos comentários abaixo e participe dessa discussão importante sobre direitos dos consumidores!

Referências

  • Início do Artigo 1 (fonte: https://www.nme.com/news/music/new-massachusetts-bill-criticised-for-strengthening-ticketmaster-monopoly-3815708)
  • Início do Artigo 2 (fonte: https://www.gazettenet.com/Consumer-Groups-Cry-Foul-on-New-Ticket-Transfer-Law-58092105)

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