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A trégua recém-annunciada revela uma situação devastadora, com milhares de mortos e deslocados.

Equipe da Cruz Vermelha retira corpo de local bombardeado por Israel em Aito, no norte do Líbano
Equipe da Cruz Vermelha retira corpo de local bombardeado por Israel em Aito, no norte do Líbano — Foto: Fathi aL-Masri/AFP

O cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, anunciado em 26 de novembro de 2024, entrou em vigor sob um clima de devastação no Líbano. Após dois meses de intensos conflitos, o acordo, capitaneado pelos Estados Unidos e apoiado pelo governo francês, visa estabilizar uma área marcada por agressões e destruições. Durante esse período, mais de 3,8 mil pessoas perderam a vida e aproximadamente 1,3 milhão foram deslocadas, evidenciando uma verdadeira tragédia humanitária.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, expressou sua disposição em cumprir as condições do cessar-fogo, embora tenha advertido que Israel responderia “vigorosamente” a qualquer violação. O acordo propõe um período de 60 dias, durante o qual as forças do Hezbollah e do Exército israelense devem se retirar da região sul do Líbano. Além disso, a presença do Exército libanês será aumentada para manter a segurança da área. O presidente dos EUA, Joe Biden, reafirmou a necessidade de Israel agir para proteger sua integridade territorial, destacando que “o que sobrou do Hezbollah e de outras organizações terroristas não será capaz de ameaçar a segurança de Israel novamente”.

As consequências do conflito foram devastadoras, levando a perdas incalculáveis não apenas em vidas, mas também em infraestrutura. O Banco Mundial estima que os danos à habitação no Líbano alcançaram US$ 2,8 bilhões, com mais de 99 mil unidades habitacionais sendo diretamente afetadas. O cenário é pior em algumas áreas, como em Beirute, onde ataques israelenses destruíram 262 edifícios, principalmente no subúrbio sul, conhecido reduto do Hezbollah.

Durante a passagem do conflito, Israel foi alvo de retaliações constantes do Hezbollah e também enfrentou críticas internacionais devido à sua atuação na Faixa de Gaza. Este ambiente de tensão fez com que a escalada militar fosse quase incontrolável, resultando em uma crise humanitária sem precedentes.

Homens limpam destroços em local de bombardeio israelense na cidade de Aito, no Líbano
Homens limpam destroços em local de bombardeio israelense na cidade de Aito, no Líbano — Foto: JOSEPH EID / AFP

O cenário humanitário se torna ainda mais alarmante ao considerarmos as mortes de centenas de crianças e a necessidade urgente de apoio humanitário, com o papel da Cruz Vermelha tornando-se ainda mais crucial. Com a trégua em vigor, as esperanças de que a situação melhore são grandes, mas os desafios e as cicatrizes deixadas pelo conflito serão profundos e duradouros.

A trégua é, portanto, um respiro temporário em meio a um dos conflitos mais longos e dolorosos da história contemporânea. Para os cidadãos libaneses, a esperança é que essa mudança de direção represente não apenas o fim das hostilidades, mas o início de um processo que promova a paz e a reconstrução.

O que se observa a seguir é a contínua ênfase nas negociações e o suporte internacional para garantir que esta trégua seja respeitada e que a tragédia humanitária no Líbano não se agrave.

Convidamos os leitores a refletirem sobre os impactos desses eventos e a compartilhar suas opiniões nos comentários abaixo.

Referências

  • https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/cessar-fogo-entre-israel-e-hezbollah-entra-em-vigor/
  • https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2024/11/27/com-tregua-em-vigor-conflito-entre-israel-e-hezbollah-deixa-mais-de-38-mil-mortos-e-13-milhao-de-deslocados-no-libano.ghtml
  • https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/11/governo-biden-consultou-equipe-de-trump-antes-de-negociar-cessar-fogo.shtml

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