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Medida polêmica provoca críticas e mobilização da população; entenda os desdobramentos.

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, em pronunciamento na TV
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, em pronunciamento na TV — Foto: The Presidential Office/Handout via Reuters.

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, anunciou nesta terça-feira (3) que revogará o decreto de lei marcial, que havia sido implementado em resposta a tensões políticas no país. Esta decisão ocorre após uma intensa reação tanto do público quanto da Assembleia Nacional, que rejeitou a medida em uma votação emergencial.

A lei marcial, que restringe direitos civis e pode impor normas militares em vez das civis, foi decretada após Yoon alegar a necessidade de erradicar “forças antiestado pró-Coreanas”. No entanto, o impacto imediato da medida levou a protestos em massa por parte da população, bem como a um fechamento temporário do acesso à Assembleia Nacional, onde deputados conseguiram realizar uma sessão emergencial para votar pela revogação da lei.

“A lei marcial foi rejeitada por todos os 190 deputados que participaram da votação”, destacaram os jornais locais. Para o presidente, as ações da oposição, que incluíam bloqueios orçamentários e tentativas de impeachment, eram vistas como tentativas de desestabilizar o governo. Em meio a essa turbulência, Yoon declarou: “Peço à Assembleia Nacional que interrompa imediatamente o comportamento ultrajante que está paralisando o funcionamento do país.”

Deputados de oposição da Coreia do Sul votam para derrubar a lei marcial decretada pelo presidente
Deputados de oposição da Coreia do Sul votam para derrubar a lei marcial decretada pelo presidente — Foto: Yonhap via REUTERS.

A revogação da lei marcial foi uma resposta direta à pressão dos políticos e à mobilização popular nas ruas, onde milhares de sul-coreanos pediram a liberdade e criticaram as táticas autoritárias do governo. A situação gerou um clima de tensão, com analistas sugerindo que a Coreia do Norte poderia explorar esta crise política em seu favor, como alertou o ex-enviado dos EUA, Sydney Seiler, apontando a necessidade de vigilância em relação a qualquer tentativa de Pyongyang de capitalizar sobre as dificuldades políticas do sul.

Além dos protestos, as repercussões da lei marcial foram amplamente discutidas por especialistas. O professor Alexandre Uehara sugeriu que recentes eventos, incluindo a vitória do ex-presidente Donald Trump, poderiam ter influenciado as decisões de Yoon, que entrou no cargo em 2022 em meio a críticas sobre sua capacidade de governar.

O diálogo entre o governo e a oposição é visto como vital para restaurar a confiança política no país e evitar que a situação atual se agrave ainda mais. A recente experiência com a lei marcial levanta questões sobre o compromisso da Coreia do Sul com a democracia e com o respeito aos direitos civis em momentos de crise.

À medida que Yoon tenta restaurar a ordem e a confiança no governo, o cenário atual enfatiza a importância da participação cidadã e do equilíbrio de poderes em uma democracia recém-elevada como a sul-coreana.

Encerrando, a situação política na Coreia do Sul continuará a ser monitorada de perto, especialmente por sua relevância nas relações com a Coreia do Norte e a comunidade internacional. Os leitores são convidados a compartilhar suas opiniões e reflexões sobre os desdobramentos dessa crise.

Referências

  • https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/12/03/presidente-da-coreia-do-sul-lei-marcial.ghtml
  • https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/ex-enviado-dos-eua-alerta-coreia-do-sul-sobre-possivel-exploracao-da-crise-por-parte-da-coreia-do-norte/
  • https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2024/12/03/presidente-coreia-do-sul-lei-marcial-golpe.htm

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