Entenda as significativas implicações do tratado comercial que liga o Brasil à Europa.
Bandeiras do Mercosul e da União Europeia (UE).
O acordo comercial assinado entre o Mercosul e a União Europeia na última sexta-feira, dia 6 de dezembro de 2024, marca um momento histórico para as relações comerciais do Brasil. Com 25 anos de negociações, o pacto é amplamente enxergado como uma oportunidade de diversas mudanças econômicas no país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vocalizou o otimismo do governo, afirmando que “estamos assegurando novos mercados para as nossas exportações e fortalecendo os fluxos de investimentos”.
Este acordo é considerado um divisor de águas devido à sua capacidade de transformar a dinâmica de comercialização entre os dois blocos, oferecendo a possibilidade de eliminar tarifas sobre 91% das importações da União Europeia, o que deve resultar em preços mais competitivos de produtos como azeite, vinho e carros importados no Brasil. Isso pode levar a uma significativa transformação no comércio interno brasileiro, estimulando a competitividade entre os produtos locais e os europeus.
Entretanto, a ministra do Comércio Exterior da França, Sophie Primas, não deixou de expressar suas preocupações em relação a essa nova união, afirmando que “a luta não acabou”. Ela sinalizou que o país continuará pressionando contra o acordo em cada passo do caminho, principalmente por conta das possíveis implicações negativas para os agricultores europeus, que temem que os produtos sul-americanos cheguem à Europa com condições competitivas desiguais.
Com a expectativa de que o acordo não produza efeitos imediatos, as próximas etapas envolvem revisões legais e traduções dos textos para os idiomas oficiais das partes envolvidas. Para que o pacto entre em vigor, passará por validações nos respectivos parlamentos e, em última análise, pela aprovação do Conselho e do Parlamento Europeu.
O potencial retraído de alguns setores, como o das agropecuárias locais, é uma preocupação que vem mudando o tom do debate sobre o tratado. De acordo com especialistas, “apesar do crescimento das oportunidades, a indústria brasileira pode enfrentar concorrência feroz em áreas como produtos industriais e serviços”.
A realidade é que este acordo representa uma significativa mexida no tabuleiro do comércio internacional, com benefícios e riscos interligados. O que se coloca agora é uma questão crucial: como o Brasil se posicionará frente às transformações que advirão desse grande pacto comercial?
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Referências
- https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2024/12/06/o-que-o-acordo-entre-o-mercosul-e-a-uniao-europeia-muda-para-o-brasil.htm
- https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/12/06/franca-diz-que-lutara-contra-a-assinatura-do-acordo-entre-mercosul-e-ue.ghtml
- https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/o-que-deve-ficar-mais-barato-com-o-acordo-entre-mercosul-ue/
