Com batalhas intensificadas, a região vive momentos decisivos na luta pelo controle do governo.
Tanques posicionados após rebeldes liderados pelo HTS avançarem em Hama, em 6 de dezembro de 2024 — Foto: REUTERS/Mahmoud Hasano
A situação na Síria se intensificou nas últimas semanas, com rebeldes liderados pela Organização para a Libertação do Levante (HTS) avançando em direção à capital, Damasco. Durante essa ofensiva, os rebeldes conquistaram cidades estratégicas, incluindo Hama e Homs, e estão cercando a capital. Relatos do *The Wall Street Journal* indicam que autoridades do Egito e da Jordânia solicitaram que o presidente Bashar al-Assad deixe o país, sugerindo a formação de um governo no exílio.
Nesta sexta-feira (6), os líderes do HTS afirmaram que suas forças estão nas cercanias de Homs, a terceira maior cidade da Síria. Em uma declaração nas redes sociais, um representante do grupo afirmou: “Nossas forças libertaram a última vila nos arredores da cidade de Homs e agora estão em suas muralhas”. A conquista de Homs é considerada vital, pois garantiria o cerco a Assad, deixando a capital isolada da costa, onde as bases militares russas estão localizadas.
A guerra civil na Síria, que começou em 2011, voltou aos holofotes com a recente ofensiva rebelde que pegou o governo sírio de surpresa. Mais de meio milhão de pessoas morreram e cerca de 6,8 milhões de sírios foram forçados a deixar o país durante o conflito prolongado. A ofensiva atual representa o avanço mais significativo na guerra em anos, e os avanços dos rebeldes têm sido atribuídos à diminuição do apoio que o regime de Assad recebia do Irã, especialmente em meio a outras crises regionais.
Rebeldes em avanço para Damasco comemoram a tomada da cidade de Hama, no centro-oeste da Síria, nesta sexta-feira.
Analistas apontam que a situação política na região está mudando rapidamente, e o próprio Assad pode estar enfrentando um de seus momentos mais críticos. O chefe do HTS, Abu Mohammad al-Jolani, afirmou que o objetivo do grupo é derrubar o governo de Assad e “libertar a Síria de um regime opressivo”.
Com a escalada da violência, o número de deslocados tem aumentado drasticamente. O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, informou que pelo menos 370 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas desde o início dos combates recentes. “Desde a escalada das hostilidades, pelo menos 370.000 homens, mulheres e crianças foram deslocados”, declarou.
À medida que a luta pela supremacia continua, a comunidade internacional observa de perto a evolução do conflito, que não só afeta a Síria, mas também pode ter amplas ramificações para a segurança regional.
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Referências
- https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/12/06/egito-e-jordania-pedem-para-que-ditador-assad-deixe-a-siria-diz-jornal-rebeldes-avancam-a-caminho-da-capital.ghtml
- https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/o-que-esta-acontecendo-na-siria-um-guia-para-entender-o-conflito/
- https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2024/12/06/apoiados-pela-turquia-rebeldes-realizam-ofensiva-espetacular-na-siria-para-derrubar-assad.htm