Reaplicação do Enem 2024: Tema da Redação e Desafios da Arte de Periferia

Como a valorização artística nas periferias reflete os desafios sociais no Brasil?

Redação do Enem é aplicada no primeiro dia de provas — Foto: Agência Brasil

No dia 10 de dezembro de 2024, teve início a reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para cerca de 2 mil candidatos que enfrentaram dificuldades logísticas ou problemas de saúde durante a aplicação regular em novembro. Neste contexto, o tema da redação foi ‘Desafios para a valorização da arte de periferia no cenário cultural brasileiro’, abordando uma questão crucial para a sociedade brasileira.

Conforme informações do G1, a prova foi dirigida não apenas a estudantes que se encontravam doentes, mas também a pessoas privadas de liberdade que participam do Enem PPL. O professor e especialista em redação do GZH, Daniela Toffoli, elaborou um exemplo de redação nota mil que reflete as dificuldades enfrentadas pela arte produzida em comunidades periféricas.

A proposta de redação destaca que, apesar do artigo 215 da Constituição Federal assegurar o direito à cultura, a arte das periferias ainda enfrenta margens de desvalorização e marginalização. “A arte periférica permanece fora dos circuitos culturais estabelecidos, limitando seu acesso à devida visibilidade e valorização”, afirma Toffoli.

Além da redação, os candidatos também realizaram provas de linguagens, ciências humanas e tecnologias. No dia seguinte, 11 de dezembro, foram aplicadas as provas de matemática e ciências da natureza, conforme reportado pela Agência Brasil.

Os desafios vividos por artistas das periferias serão foco crescente nas políticas públicas, e as vozes desses criadores precisam ser reconhecidas. Em um país onde a desigualdade social permeia todas as áreas, a prática artística emerge como uma forma legítima de expressão e uma ferramenta de inclusão.

O Enem é, assim, mais do que uma prova de seleção; é um reflexo das práticas e desafios sociais que permeiam o Brasil. O status da arte de periferia no cenário cultural não é apenas um reflexo das dificuldades enfrentadas, mas também um indicador do potencial criativo instrínseco às comunidades que, mesmo marginalizadas, continuam criando e inovando.

Os leitores são convidados a deixar suas opiniões sobre o tema e a compartilhar este conteúdo, fomentando o debate sobre a valorização da cultura nas periferias.