Como a gestão atual está refletindo nos índices de inflação e nas taxas de juros?
O presidente Lula e a presidente do banco dos Brics, Dilma Rousseff, em Xangai, em abril. Fonte: Ricardo Stuckert/Divulgação.
O cenário econômico brasileiro atual é complexo, com desafios crescentes devido à política fiscal do governo Lula. Desde o início de sua gestão, o presidente tem investido bilhões na economia em uma tentativa de impulsionar o crescimento do PIB. No entanto, essa estratégia tem gerado um desequilíbrio fiscal alarmante, resultando em uma dívida pública em ascensão e uma inflação latente.
De acordo com análises, a política adotada por Lula é semelhante àquela implementada por Dilma Rousseff em seu governo. “Lula repete Dilma, mas espera resultados diferentes”, comentou Ricardo Rangel em um artigo recente. O autor argumenta que, ao invés de uma resposta eficaz ao crescimento da inflação, as ações do governo têm provocado uma disparada na taxa de juros, com o Banco Central aumentando seu foco na Selic, que pode alcançar até 15% em 2025, dado o cenário atual. “O BC colocou um torniquete na sangria da inflação, especialmente pressões do dólar”, alerta Vinicius Torres Freire.
A resposta do Banco Central, que já está sob a liderança de um novo presidente indicado por Lula, inclui o aumento da taxa de juros, o que se reflete diretamente na bolsa de valores e nos interesses do consumidor. J.R. Guzzo, em sua coluna, afirma que “os juros, evidentemente, só têm aumentado para responder ao desastre provocado pelo governo Lula”. Com esse aumento, o governo parece se afastar da responsabilidade, enquanto a pressão inflacionária continua a ser uma preocupação.
Com a inflação galopante e a crescente desconfiança do mercado, a situação requer um “acerto fiscal” para que o país não caminhe para um desastre econômico. A mensagem contraditória emitida pelo governo — que propõe cortes de despesas enquanto busca aumentar receitas — tem como consequência um cenário de moeda em desvalorização, levando o dólar a níveis recordes.
As expectativas para o futuro dependem, em grande parte, das decisões que Lula tome e do comprometimento do Banco Central com as metas fiscais. “Tanto Lula quanto Trump podem definir os rumos econômicos de suas nações em um cenário incerto”, afirmam os especialistas. Observadores do cenário político também mencionam que apesar das adversidades, Lula ainda é visto como favorito nas próximas eleições, o que pode trazer novas incertezas para o mercado.
À medida que o Brasil navega por estas águas turbulentas, a necessidade de um diálogo mais construtivo entre o governo e as instituições financeiras se torna evidente. O aumento da taxa de juros pode ser uma medida necessária, mas sua eficácia dependerá de uma política fiscal estável e de comprometimento com a governança econômica a longo prazo.
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Referências
- Lula não aprendeu nada, não esqueceu nada | VEJA – https://veja.abril.com.br/coluna/ricardo-rangel/lula-nao-aprendeu-nada-nao-esqueceu-nada
- BC estanca sangria de dólar; Lula e Trump definem futuro – https://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2024/12/bc-coloca-torniquete-na-sangria-de-dolar-e-inflacao-mas-futuro-depende-de-lula-e-trump.shtml
- O silêncio do governo Lula com o novo aumento da taxa de juros | GZH – https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/j-r-guzzo/noticia/2024/12/o-silencio-do-governo-lula-com-o-novo-aumento-da-taxa-de-juros-cm4nb7epn009601cegfkcn6qn.html