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Como a intervenção do Banco Central impactou o valor da moeda norte-americana e o mercado de ações?

Notas de dólares
Notas de dólares. Fonte: Reuters

O dólar finalizou a sessão da última segunda-feira (16) em alta, atingindo um novo recorde histórico, mesmo após a intervenção do Banco Central (BC) que vendeu US$ 1,6 bilhão em leilão. Esta foi a terceira vez consecutiva que o BC atuou no câmbio, sendo a maior venda desde março de 2020, quando o total chegou a US$ 2 bilhões. Conforme relatado, o dólar fechou em R$ 6,092, alcançando o maior valor nominal de fechamento da história.

“Ao longo deste mês, essa é a terceira vez em que a moeda norte-americana atinge recorde de fechamento”, destacaram os analistas, apontando que na última segunda-feira (9), por exemplo, o dólar tinha fechado a R$ 6,082.

Além do aumento da cotação do dólar, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, apresentou uma queda de 0,34%, alcançando 124,1 mil pontos, o menor patamar desde junho deste ano. Esse cenário de desvalorização no mercado de ações ocorre enquanto investidores aguardam a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para a próxima terça-feira (17).

Os especialistas apontam que existe um ambiente de pessimismo entre os investidores quanto à credibilidade das políticas fiscal e monetária do governo brasileiro. “As dúvidas sobre a nova diretoria do Banco Central e sua disposição em perseguir a meta de inflação são centrais para o movimento do mercado”, afirmou Yihao Lin, gerente de análises econômicas da Genial Investimentos. De acordo com Lin, essas incertezas contribuem para a queda dos ativos e a desvalorização da moeda brasileira.

Além disso, em uma reunião recente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de discutir medidas fiscais que estão em tramitação no Congresso. Haddad ressaltou a importância de garantir que as propostas do governo não sejam enfraquecidas durante o processo legislativo, destacando: “Estamos convencidos de que vamos continuar cumprindo as metas fiscais nos próximos anos”.

Em um cenário internacional, os mercados também se preparam para a reunião do Fed, marcada para quarta-feira (18), onde se espera uma redução de 0,25 ponto percentual nos juros dos Estados Unidos, embora com um ritmo de cortes mais devagar nos próximos anos.

Com um ambiente econômico tão dinâmico e desafiador, a atenção de todos se volta para os desdobramentos das políticas que impactam diretamente no comportamento do mercado financeiro. E você, leitor, o que acredita que pode ocorrer com o dólar e o Ibovespa nos próximos dias? Deixe sua opinião nos comentários!

Referências

  • https://www.cnnbrasil.com.br/economia/mercado/mercado-hoje-ibovespa-dolar-16-dezembro-2024/

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