Investigação envolve corrupção e lavagem de dinheiro em São Paulo!
Dinheiro e armas apreendidos durante operação da PF e do MP-SP contra policiais corruptos ligados ao PCC — Foto: Reprodução/TV Globo
Uma operação coordenada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) levou à prisão de sete pessoas, entre elas o delegado Fábio Baena e três policiais civis, sob suspeita de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação, realizada na manhã de 17 de dezembro de 2024, ainda tem um mandado de prisão não cumprido, de um policial que permanece foragido.
Segundo a PF, a operação, batizada de Tacitus, foi desencadeada após um extenso cruzamento de investigações sobre a facção criminosa. O nome da operação remete ao latim, significando ‘silencioso’ ou ‘não dito’, em alusão à maneira discreta e furtiva de operar do grupo. Os suspeitos são acusados de corrupção, manipulação de investigações policiais e facilitação de lavagem de dinheiro para o PCC, movimentando mais de R$ 100 milhões desde 2018.
A investigação ganhou destaque após o assassinato de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator do PCC, que foi executado no Aeroporto Internacional de Guarulhos em novembro. Gritzbach havia denunciado os policiais envolvidos no esquema e relatado que foi extorquido por R$ 40 milhões para encerrar um inquérito que o investigava por duplo homicídio. “A operação é um passo significativo para desarticular essa rede de corrupção dentro da polícia”, afirmou um representante do MP-SP.
Joias apreendidas na operação da PF e MP que prendeu policiais de São Paulo suspeitos de atuar para o PCC — Foto: Reprodução
Os policiais civis presos foram identificados como Eduardo Monteiro, Marcelo Ruggeri e Marcelo “Bombom”, além do delegado Baena. Os demais indivíduos detidos incluem Ahmed Hassan, conhecido como Mudi, e Robinson Granger de Moura, o Molly. Há suspeitas de que o policial foragido, Rogério de Almeida Felício, atuasse também como segurança do cantor Gusttavo Lima.
A operação envolveu aproximadamente 130 policiais federais e culminou na execução de oito mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo São Paulo, Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba. Os investigados podem enfrentar penas somadas que ultrapassam 30 anos de prisão por crimes como organização criminosa e corrupção.
Diante da gravidade das acusações, o advogado de Baena declarou considerar a prisão abusiva, mas aguarda acesso à decisão judicial que fundamentou as detenção. As autoridades, por sua vez, enfatizam a importância do combate à corrupção e à colaboração de membros da corporação com organizações criminosas.
Essa operação revela a complexidade e a profundidade dos problemas de corrupção dentro das instituições de segurança pública. Espera-se que novos desdobramentos ocorram nos próximos dias, uma vez que a investigação continua em andamento.
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Referências
- https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/12/17/operacao-contra-policiais-pcc.ghtml
- https://noticias.uol.com.br/colunas/josmar-jozino/2024/12/17/caso-gritzbach-delegado-e-policiais-delatados-sao-alvos-de-prisao-em-sp.htm
- https://www.estadao.com.br/sao-paulo/operacao-prende-policiais-por-suspeita-de-elo-com-o-pcc/