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A moeda norte-americana alcança novos patamares enquanto o cenário econômico nacional se complica.

Nota de um dólar em destaque, sobre uma superfície coberta por outras notas
Descrição: A imagem mostra uma nota de um dólar em destaque, posicionada em pé sobre uma superfície coberta por várias outras notas de um dólar. As notas estão dispostas de forma que a parte frontal é visível, destacando o design característico da moeda americana. Fonte: freepik.

No dia 17 de dezembro de 2024, o dólar continuou sua trajetória de alta em relação ao real. A moeda americana ultrapassou R$ 6,10, alcançando a cotação de R$ 6,144 na abertura do pregão. Essa alta vem sendo observada desde o dia anterior, quando o dólar fechou em R$ 6,092, um novo recorde nominal de fechamento, com um avanço de 1,04%. Essa pressão sobre o câmbio foi influenciada pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que sugere novas elevações na taxa Selic.

A ata revelou que o Copom deve continuar aumentando a Selic, atualmente em 12,25%, para conter a inflação crescente, o que pode levar a taxa a 14,25% ao ano. “As expectativas de inflação aumentaram em todos os prazos, o que indica um cenário mais adverso e requer uma política monetária mais contracionista,” informou o Banco Central.

Nos mercados, o cenário fiscal também se destaca, com o governo tentando aprovar um pacote de cortes de gastos que visa economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. Este pacote ainda não foi votado no Congresso, e a urgência é notável, pois os deputados entrarão em recesso no fim do mês. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a preocupação do presidente Lula para que as medidas não sejam desidratadas durante a tramitação.

A reação do mercado é crítica, com analistas acreditando que as incertezas fiscais e a falta de um plano claro de ação emitiram sinais negativos aos investidores. “O dólar segue subindo porque as incertezas fiscais e monetárias no Brasil geram desconfiança entre os investidores,” afirmou Hayson Silva, analista da Nova Futura Investimentos.

Além da alta no dólar, o Ibovespa também não conseguiu acompanhar o entusiasmo do mercado e encerrou o pregão anterior em queda de 0,84%. Esse cenário aponta para um final de ano desafiador para a economia brasileira, com investidores atentos às movimentações do governo e às decisões do Federal Reserve dos EUA, que também poderão influenciar o mercado local.

A alta do dólar e os debates em torno do pacote fiscal colocam o futuro econômico do Brasil em um cenário de incertezas. O Banco Central continua sua política de intervenções para tentar controlar a volatilidade da moeda, mas sem uma resposta clara aos desafios fiscais enfrentados, a desvalorização do real poderá persistir.

Os leitores estão convidados a compartilhar suas opiniões sobre o impacto desta situação econômica e suas expectativas para o futuro. Quais são suas previsões para o valor do dólar no próximo mês? Deixe seu comentário!

Referências

  • https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/12/17/dolar-ibovespa.ghtml
  • https://www.infomoney.com.br/mercados/dolar-hoje-abertura-fechamento-comercial-turismo-17122024/
  • https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/12/dolar-abre-em-alta-e-ultrapassa-r-610-nesta-terca-um-dia-apos-registrar-recorde.shtml

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