Entenda o que disse o futuro presidente do Banco Central sobre a situação econômica do Brasil!
Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central. Fonte: Reprodução / Reinaldo Canato/Folhapress
Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central do Brasil, comentou em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (19) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está ciente dos problemas fiscais enfrentados pelo país. Durante a apresentação do relatório de inflação do quarto trimestre, Galípolo enfatizou que “não há bala de prata” para resolver as dificuldades financeiras que o Brasil enfrenta atualmente.
Galípolo ressaltou que o tema das questões fiscais é complexo e que a população e os agentes do mercado sabem da dificuldade em implementar soluções que tragam resultados imediatos. “É muito difícil apresentar qualquer projeto ou programa fiscal que vá dar conta de endereçar todos esses problemas que existem no curto prazo”, disse.
Ao discutir a atual alta do dólar, que saltou de R$ 5,97 para R$ 6,27 entre os dias 11 e 18 de dezembro, o futuro presidente do BC afirmou que a ideia de que a disparada da moeda americana é um “ataque especulativo” é uma interpretação errônea. “Não é correto tentar tratar o mercado como um bloco monolítico; o mercado é composto por posições contrárias”, explicou. Ele argumentou que para a movimentação de preços, é necessário haver tanto compradores quanto vendedores, levando em consideração que sempre existem vencedores e perdedores em cada transação.
Além disso, Roberto Campos Neto, o atual presidente do Banco Central, também comentou sobre as razões por trás do aumento do dólar, atribuindo-o a remessas atípicas de lucros por empresas estrangeiras e uma maior saída de recursos por pessoas físicas em relação ao normal para o mês. Campos Neto reafirmou que o Banco Central tem reservas e que irá atuar quando considerar necessário para estabilizar a moeda, mas não pretende proteger nenhum nível de câmbio em específico.
O economista destacou a necessidade de um debate transparente sobre as questões fiscais e a importância de encaminhar soluções a partir do reconhecimento dos problemas existentes. “Esses programas devem ser demonstrações do reconhecimento do problema e passos na direção correta”, afirmou.
As declarações de Galípolo e Campos Neto geram um cenário de expectativa em relação à condução da política monetária no país e como isso poderá impactar a economia brasileira ao longo de 2025. O futuro presidente do BC também confirmou a clareza de Lula sobre a gravidade da inflação: “Ele viveu isso na pele e sabe o que é uma inflação alta na vida das pessoas”.
O momento é crucial para o Brasil, que se prepara para enfrentar um novo ciclo econômico sob a nova gestão que se inicia em janeiro.
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Referências
- https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2024/12/19/galipolo-diz-que-lula-sabe-de-problemas-fiscais-e-que-nao-ha-bala-de-prata.htm
- https://veja.abril.com.br/economia/para-galipolo-futuro-presidente-do-bc-alta-do-dolar-nao-e-ataque-especulativo/
- https://www.infomoney.com.br/mercados/galipolo-ideia-de-ataque-especulativo-contra-real-nao-representa-bem-a-situacao/