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Dois jovens brasileiros desaparecem após promessas de trabalho; a verdade é alarmante!

Luckas Viana dos Santos e Phelipe de Moura Ferreira, brasileiros vítimas de tráfico humano em Mianmar.
Luckas Viana dos Santos e Phelipe de Moura Ferreira, brasileiros vítimas de tráfico humano em Mianmar.

O tráfico humano em Mianmar tornou-se um tópico alarmante na mídia internacional após o desaparecimento de dois brasileiros, Luckas Viana dos Santos e Phelipe de Moura Ferreira, que viajavam em busca de melhores oportunidades de trabalho. As vítimas foram atraídas por promessas de empregos em cassinos e call centers, mas acabaram se tornando alvos de uma rede criminosa.

Luckas viajou para Bangkok em outubro, seguido por Phelipe, que decidiu se juntar a ele em novembro. O que parecia ser uma nova chance se transformou em um pesadelo. Logo após serem levados de carro para um local remoto, ambos perderam o contato com suas famílias, que começaram a receber relatos alarmantes de sequestro e trabalho forçado.

Em suas mensagens, Phelipe alertou o pai sobre o medo de ter os órgãos removidos e a violência a que estavam sujeitos. “Quando ele foi para o trabalho, eu comecei a perguntar se ele chegou, se estava tudo bem e ele falou que não. Foi aí que eu comecei a desconfiar”, disse Cleide Viana, mãe de Luckas. Ambas as famílias já disseram que receberam exigências absurdas em troca da libertação dos meninos.

A situação em Mianmar é crítica; o país enfrenta um regime militar opressivo e enfrenta um aumento alarmante no tráfico humano. O relatório do Departamento de Estado dos EUA de 2024 revelou que Mianmar “não corresponde aos padrões mínimos de eliminação do tráfico e não faz esforços significativos” para combater o problema, com o próprio governo envolvido em ações corruptas.

Tanques militares durante um desfile das Forças Armadas em Naipidau, capital de Mianmar.
Tanques militares durante um desfile das Forças Armadas em Naipidau, capital de Mianmar, em março de 2022, após o golpe militar sofrido pelo país em fevereiro de 2021.

As instituições que deveriam proteger os cidadãos frequentemente falham, com relatos de agentes de segurança colaborando com grupos de tráfico. Para piorar a situação, as vítimas são forçadas a trabalhar em fraudes cibernéticas, realizando golpes através de perfis falsos. A exploração vai além do trabalho forçado, com denúncias de tortura e agressões físicas frequentes.

Os governos do Brasil estão tentando localizar e recuperar os jovens, mas o processo é complicado devido à instabilidade do país e à natureza perigosa do tráfico humano. O Itamaraty está em contato com as autoridades locais de Mianmar e Tailândia no intuito de encontrar uma solução para o desespero das famílias. A situação continua a exigir atenção global, pois o tráfico humano é uma violação grave dos direitos humanos que deve ser combatida.

As histórias de Luckas e Phelipe chamam a atenção para uma problemática que se estende muito além das fronteiras do Brasil. As promessas vazias de emprego no exterior podem levar a destinos sombrios, e a luta por justiça e proteção das vítimas deve ser uma prioridade.

Quem tiver informações sobre o caso ou conhece alguém em situação semelhante é encorajado a entrar em contato com as autoridades locais ou com as embaixadas para ajudar na luta contra o tráfico humano. É fundamental que ações efetivas sejam tomadas para proteger os mais vulneráveis.

Referências

  • https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2024/12/20/por-que-mianmar-e-um-pais-de-risco-para-trafico-humano-entenda-a-situacao.htm
  • https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/itamaraty-procura-brasileiros-traficados-na-asia-conheca-a-historia/
  • https://record.r7.com/balanco-geral/video/denuncia-jovens-aceitam-emprego-na-tailandia-a-acabam-vitimas-de-trafico-humano-19122024/

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