Descubra por que a Finlândia é considerada o país mais feliz do mundo e o que brasileiros têm a ensinar!
André Moreira Forni com sua esposa e suas duas filhas morando na Finlândia (André Forni/Divulgação)
A Finlândia, que se destacou por ser eleita pela sétima vez como o país mais feliz do mundo, se tornou um exemplo admirável em qualidade de vida e bem-estar social. De acordo com um estudo da ONU, a felicidade dos finlandeses não se resume apenas a um estado emocional, mas a uma infraestrutura sólida que garante acesso a serviços públicos de qualidade.
Dentre os brasileiros que encontraram um novo lar no país nórdico estão André Moreira Forni, um publicitário que fez a transição de São Paulo para Helsinque, e Juliana Padilha Riekki, arquiteta que deixou o Rio de Janeiro para viver em Tampere. Para Forni, a mudança trouxe uma nova perspectiva sobre equilíbrio entre vida profissional e pessoal, uma prática que é respeitada nas empresas finlandesas. Ele descreve: “Aqui, se é cobrado produtividade e ação, mas a partir das 16h30 todos começam a sair. Todos entendem a importância de se ter uma vida pessoal funcional.”
Riekki, por sua vez, encontrou um ambiente mais seguro e acolhedor, que prioriza o bem-estar dos trabalhadores. “As ferramentas de proteção ao trabalhador são de fato praticadas”, afirma, destacando que as empresas buscam motivar seus funcionários através de iniciativas que promovem a qualidade de vida.
A cultura do ‘work-life balance’ se reflete em várias medidas adotadas pelas empresas, como a prática de fechar as portas durante o mês de julho para que os funcionários possam aproveitar o verão. Essa abordagem é um forte indicador de como a Finlândia, mais do que um local de trabalho, é um lugar que respeita e valoriza a vida pessoal de seus cidadãos.
Além da qualidade de trabalho, a Finlândia também se destaca em suas tradições, como a popularidade das saunas, que são um espaço comum de interação social e relaxamento. Com cerca de dois milhões de saunas em um país com população de aproximadamente 5,3 milhões, essa tradição contribui significativamente para o bem-estar geral da comunidade.
O sistema de apoio social do país, que inclui auxílio financeiro para desempregados e licença parental prolongada, é outro pilar fundamental que garante qualidade de vida a todos os cidadãos. Isso é evidenciado nas palavras de Cleber Gonçalves, um brasileiro que, após estagnar sua carreira no Brasil, decidiu empreender na Finlândia. “Minha qualidade de vida melhorou por conta desse tempo que se ganha”, comenta ele, referindo-se ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Por fim, é importante ressaltar que a experiência de viver na Finlândia mostra que o país é muito mais que um destino turístico; é um exemplo de como priorizar o bem-estar social e a satisfação profissional pode moldar uma sociedade mais feliz e produtiva.
O que o Brasil pode aprender com essa experiência? O respeito pelo tempo de lazer e valorização do trabalho pode certamente contribuir para um ambiente mais saudável e produtivo, incentivando profissionais a buscarem não apenas sucesso, mas qualidade de vida.
Assim, convidamos os leitores a refletirem sobre essas questões e a comentarem suas opiniões. O que você acha que poderia ser implementado no Brasil?
Referências
- https://exame.com/carreira/brasileiros-que-se-mudaram-para-finlandia-compartilham-uma-licao-a-vida-nao-e-so-trabalho-2/
- https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2024/12/14/como-e-viver-na-finlandia-o-pais-mais-feliz-do-mundo.ghtml
- https://www.opovo.com.br/agencia/flipar/2024/12/23/finlandia-tem-abrigos-subterraneos-para-caso-de-guerra.html