Milhares de manifestantes fazem protesto histórico em reação a ameaças do presidente eleito dos EUA!
Protesto no Panamá contra declaração de Trump — Foto: ARNULFO FRANCO / AFP
Na manhã do dia 24 de dezembro de 2024, centenas de panamenhos se reuniram em frente à embaixada dos Estados Unidos, em Cidade do Panamá, para protestar contra as ameaças feitas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Na ocasião, Trump sugeriu retomar o controle do Canal do Panamá caso o preço dos pedágios para navios americanos não fosse reduzido.
Durante a manifestação, os participantes expressaram sua indignação gritando expressões como “Trump, seu animal, deixe o canal” e “Fora gringo invasor”. Os protestantes também queimaram retratos de Trump e da embaixadora americana, Mari Carmen Aponte. O evento, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e outros grupos de esquerda, ocorreu de forma pacífica, embora a segurança tenha sido reforçada na área, com a presença de cerca de 20 policiais.
O Canal do Panamá, inaugurado em 1914 e que foi controlado pelos Estados Unidos até 1999, é um símbolo da soberania panamenha. Em 1977, um tratado entre o presidente dos EUA, Jimmy Carter, e o líder panamenho, Omar Torrijos, estabeleceu a devolução do controle do canal para o Panamá. A perda da soberania sobre este importante recurso gerou ressentimentos profundos ao longo dos anos, culminando em manifestações históricas da população.
O líder do sindicato da construção, Saúl Méndez, fez questão de ressaltar a importância do canal como “território soberano”, afirmando que “Donald Trump e seu delírio imperial não podem reivindicar um único centímetro de terra no Panamá”. A oposição ao controle americano reflete uma luta que permeia a história do Panamá e que ainda ressoa fortemente na atualidade.
Em resposta às ameaças de Trump, o presidente panamenho, José Raúl Mulino, declarou que “a soberania de nosso país e nosso canal não são negociáveis”, reforçando a posição firme do governo panamenho frente a qualquer reivindicação externa.
Este protesto não só representa uma reação contundente contra as palavras do presidente eleito dos EUA, mas também é um lembrete das complexas relações históricas entre o Panamá e os Estados Unidos, um tema que continua a ser uma questão sensível e de grande importância nacional.
Encerrando o movimento, os manifestantes demonstraram unidade e uma determinação incessante, deixando claro que o povo panamenho está pronto para defender seu território e sua soberania.
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Referências
- https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/12/24/deixem-o-canal-panamenhos-protestam-contra-trump-em-frente-a-embaixada-dos-eua.ghtml
- https://www.bbc.com/portuguese/articles/c4gl4qg0vpko
- https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2024/12/23/groenlandia-nao-esta-a-venda-diz-lider-da-ilha-em-resposta-a-trump.htm