Criptomoedas: A realidade por trás da volatilidade e da especulação.
Imagem ilustrativa: Criptomoedas vs dinheiro real.
Nos últimos meses, o mundo das criptomoedas tem sido marcado por um aumento significativo no interesse do público e no investimento, especialmente após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA. Segundo *Srinath Sridharan*, “o crescimento do Bitcoin e das criptomoedas foi temporariamente impulsionado pela promessa de Trump em tornar a América a capital das criptomoedas” (Policy Circle). No entanto, apesar desse cenário otimista, muitos especialistas afirmam que as criptomoedas não conseguem se estabelecer como uma alternativa viável ao dinheiro real.
Um estudo recente da Standard Chartered projetou que o mercado de criptomoedas poderia crescer para US$ 10 trilhões até 2026, um aumento dramático em comparação com os atuais US$ 2,5 trilhões. Contudo, enquanto o crescimento das criptomoedas é frequentemente acompanhado de entusiasmo, esse comportamento é acompanhado por uma extensa volatilidade e falta de confiabilidade, características que dificultam sua aceitação como moeda de troca.
Os defensores das criptomoedas argumentam que elas oferecem liberdade de inflação e de gestão governamental. No entanto, esse raciocínio carece de base sólida, já que as criptomoedas não são aceitas de forma ampla para transações rotineiras e possuem flutuações de valor arriscadas. Como *Sridharan* indica, “as criptomoedas dependem exclusivamente da crença especulativa em seu valor futuro” (Policy Circle).
Outro ponto importante destacado por especialistas é o papel fundamental das moedas nacionais na estabilidade econômica. As moedas tradicionais desempenham funções essenciais na gestão da política monetária, controle da inflação e resposta a crises. A falta de supervisão e estrutura necessária para o adequado funcionamento das criptomoedas levanta preocupações sobre a segurança econômica de um sistema que as inclui em vez das moedas estatais.
Além disso, instituições globais como o FMI alertam sobre os perigos da “criptoização”, onde os ativos digitais substituem as moedas locais. Essa transição poderia ter consequências devastadoras para a implementação das políticas monetárias. A história do dinheiro, que vai do escambo até as moedas fiduciárias, reflete a crença coletiva em um valor estável e confiável, algo que as criptomoedas não conseguem garantir.
Enquanto a ideia de descentralização e autonomia financeira traz apelo para muitos, *Srinath Sridharan* conclui que “as criptomoedas, em sua forma atual, carecem da estabilidade, aceitação e estrutura regulatória necessárias para funcionar como moedas nacionais” (Policy Circle). A importância das moedas soberanas, garantidas pela confiança do público e pela supervisão estatal, permanece inquestionável para a preservação da resiliência econômica e da soberania nacional.
A complexidade e os desafios das criptomoedas requerem uma análise crítica, pois, apesar de seu apelo como investimentos especulativos, sua função como instrumentos econômicos viáveis é altamente contestável. O que você pensa sobre o futuro das criptomoedas? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe este artigo nas redes sociais!
Referências
- https://www.policycircle.org/economy/can-cryptocurrency-replace-real-money/
- https://blockchain.news/flashnews/bitcoin-s-dramatic-shift-in-perception-over-a-year