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Um Natal marcado por desespero e clamor por justiça; entenda os detalhes do caso

Pais de Juliana Leite Rangel
Pais de Juliana Leite Rangel — Foto: Márcia Foletto

Na noite da véspera de Natal, um incidente impactante ocorreu na Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias, onde Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi gravemente ferida por disparos de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A família estava a caminho de uma comemoração natalina quando o veículo que ocupavam foi alvo de mais de 30 tiros, deixando Juliana em estado gravíssimo e hospitalizada.

O pai da jovem, Alexandre Rangel, em uma declaração emocionada, detalhou que o carro da família foi atacado sem que houvesse qualquer ordem de parada. “Começaram a meter bala. Não deram ordem de parada, não deram nada. Eu pedi para os meus filhos e para a namorada do meu filho adolescente se agacharem”, relatou. O motorista do veículo, Alexandre, também sofreu ferimentos devido aos estilhaços e descreveu o pânico vivido naquele momento.

As circunstâncias do incidente provocaram uma onda de indignação e revolta. De acordo com a mãe de Juliana, Deyse Rangel, “os agentes da PRF só ensaiaram algum socorro após a intervenção de um policial militar”. O desespero da família foi palpável, com Deyse lembrando a cena impactante de “minha filha com a cabeça coberta de sangue”.

Juliana foi levada ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, onde passou por cirurgia e permanece em coma induzido, com um quadro de saúde considerado “gravíssimo”. A prefeitura local confirmou que a situação da jovem, apesar de estável, continua delicada.

A repercussão do caso chegou ao Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que lamentou o incidente e enfatizou a necessidade de regulamentar o uso da força policial. “A polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes. As polícias federais precisam dar o exemplo”, afirmou. Essa declaração reforça a pressão sobre as práticas atuais de segurança pública no Brasil.

Além disso, os agentes envolvidos foram afastados das atividades operacionais enquanto a situação é apurada. O caso se soma a uma série de abordagens problemáticas que levantam questões sobre a conduta da PRF, com outros incidentes trágicos envolvendo disparos e perda de vidas.

Este episódio trágico não só abalou a família de Juliana, que agora busca apoio em meio ao desespero, mas também coloca em destaque a urgência de uma revisão nas diretrizes operacionais das forças policiais. A expectativa da comunidade e das autoridades competentes é que esse caso leve a um exame mais crítico de como as forças de segurança operam e se, de fato, servem à proteção da população.

A família de Juliana pediu justiça e melhorias nas abordagens policiais. Para se manter informado sobre o desenrolar deste caso, comentários e compartilhamentos são bem-vindos.

Referências

  • https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2024/12/26/agentes-da-prf-so-prestaram-socorro-a-baleada-no-rio-apos-intervencao-de-policial-militar-diz-mae-da-jovem.ghtml
  • https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2024/12/26/nao-acredito-ate-agora-estou-sem-chao-diz-pai-de-jovem-baleada-por-agentes-da-prf-no-rio.htm
  • https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/jussara-soares/politica/policia-nao-pode-combater-criminalidade-cometendo-crimes-diz-lewandowski/

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