A retórica bélica entre Venezuela e Colômbia cresce à medida que sanções internacionais aumentam
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Fonte: REUTERS
Recentemente, a situação política na Venezuela tem se tornado cada vez mais tensa. Durante um discurso após a sua posse para um terceiro mandato, Nicolás Maduro declarou que o país está se preparando, juntamente com Cuba e Nicarágua, para uma possível “luta armada”. Ele enfatizou que, se necessário, o país deverá se defender com armas em mãos, caso enfrente o que chamou de “fascismo”.
“A Venezuela vai se preparando junto com Cuba, com a Nicarágua, para um dia pegar em armas para defender o direito à paz e à soberania”, afirmou Maduro durante o Festival Mundial Antifascista em Caracas. Esta declaração surge em um contexto de crescente pressão internacional, onde países da União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá impuseram novas sanções à Venezuela (fonte: CNN Brasil).
Além disso, o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, que historicamente opõe o chavismo, fez um apelo à intervenção militar em sua própria retórica. Em um discurso realizado em Cúcuta, na Colômbia, ele reiterou a necessidade de uma intervenção, afirmando que a situação na Venezuela exigia “novas eleições” e que a comunidade internacional deveria atuar, preferencialmente com respaldo da ONU. “Que esse golpista saiba que o que defendemos é uma intervenção militar internacional,” disse Uribe (fonte: Brasil de Fato).
A resposta de Maduro não tardou. Durante o festival, ele insultou Uribe, chamando-o de “covarde” e “criminoso”, e desafiou o ex-presidente a enfrentar as tropas venezuelanas no campo de batalha, demonstrando que a tensão entre os dois países está em nível elevado.
Delsy Rodríguez, vice-presidenta da Venezuela, também se manifestou, afirmando que o “narcoparamilitarismo uribista” está ameaçando a paz e a segurança do país. As autoridades venezuelanas, juntamente com o povo, têm expressado forte oposição aos apelos de Uribe por intervenções militares, considerando-as graves violações da soberania territorial.
O cenário atual desenha um panorama complexo e preocupante para a região, onde a crise na Venezuela, marcada por profundas divisões políticas e sociais, continua a ser exacerbada por interesses externos e rivalidades históricas.
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Referências
- https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/maduro-diz-que-venezuela-se-prepara-com-cuba-e-nicaragua-para-luta-armada/
- https://www.brasildefato.com.br/2025/01/13/alba-condena-pedido-de-intervencao-militar-na-venezuela-por-ex-presidente-da-colombia
- https://www.brasil247.com/americalatina/vice-presidenta-da-venezuela-afirma-que-uribe-pretende-ameacar-a-paz
