Compartilhe

Como a varejista está se reinventando para recuperar a confiança do mercado?

Executivos da Americanas, Leonardo Coelho e Camille Faria
Executivos da Americanas, Leonardo Coelho e Camille Faria. Fonte: NeoFeed

Na Americanas, a nova ordem é apostar em produtos menores e mais acessíveis, focando no que o cliente consegue levar “debaixo do braço”. Essa estratégia vem em resposta à crise financeira que a empresa viveu nos últimos dois anos, após revelar um rombo contábil estimado em mais de R$ 25 bilhões.

Leonardo Coelho, CEO da Americanas, declarou: “Em 2025, seguiremos focados na ampliação de nossa eficiência operacional. Continuamos fortalecendo nossas lojas físicas e intensificando a omnicanalidade consistente em nosso digital”. Com a adoção desse novo foco, a companhia pretende recuperar a rentabilidade e a confiança dos investidores.

De acordo com as últimas informações, o volume de mercadorias no varejo físico cresceu 14,4% nos primeiros nove meses de 2024, enquanto o desempenho do e-commerce caiu drasticamente, com uma queda de 49,4%. A Americanas decidiu eliminar vendas diretas em seu site, passando a atuar como um e-commerce que conecta clientes a parceiros terceiros.

Camille Faria, a CFO da companhia, destacou a importância de otimizar os espaços das lojas para proporcionar uma experiência de compra mais eficiente. “Nosso cliente quer o básico, um moletom preto ou uma blusa branca simples”, afirmou Faria.

Ainda segundo Faria, o processo de recuperação financeira exige tempo e confiança. A Americanas busca retorno ao Novo Mercado da B3 e a readmissão de sua credibilidade entre os investidores institucionais.

A varejista, após o escândalo de fraudes, viu suas ações desvalorizar em 99,5% desde 2023. Outras concorrentes, como Magazine Luiza e Casas Bahia, também registraram quedas expressivas, mesmo não enfrentando problemas contábeis semelhantes.

O caminho à frente é uma tarefa desafiadora, mas, seguindo a nova diretriz de vender produtos que o cliente pode facilmente transportar, a Americanas está determinada a reescrever sua narrativa no mercado varejista, buscando um retorno à rentabilidade e à confiança do público.

“O que está em jogo é a capacidade da Americanas de se reinventar. O próximo passo é garantir que esta reestruturação não só melhore suas finanças, mas também a mantenha relevante em um mercado em fase de transformação”, conclui Coelho.

O futuro da Americanas pode estar em seus planos de reestruturação e no compromisso de restabelecer a confiança com seus clientes e investidores. Comente e compartilhe suas opiniões sobre essa nova fase da varejista!

Referências

  • https://neofeed.com.br/negocios/na-americanas-a-ordem-e-vender-tudo-o-que-o-cliente-pode-levar-debaixo-do-braco/
  • https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2025/01/14/por-que-magalu-e-bahia-cairam-como-americanas-se-nao-houve-rombo.htm
  • https://www.seudinheiro.com/2025/empresas/dois-anos-da-fraude-americanas-amer3-queda-de-995-das-acoes-retomada-do-lucro-e-punicoes-a-executivos-o-que-aconteceu-com-a-varejista-e-como-ficam-os-acionistas-agora-miql/

Compartilhe

Veja também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *