Compartilhe

Decisão impacta a saúde pública e reflete alinhamento político entre países

Presidente da Argentina, Javier Milei.
Presidente da Argentina, Javier Milei. — Foto: Ciro De Luca/ Reuters.

A Argentina oficializou sua retirada da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025. O anúncio foi feito pelo porta-voz do governo argentino, Manuel Adorni, e acontece na esteira da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar seu país da mesma organização priorizando “diferenças sobre a gestão sanitária”, especialmente evidentes durante a pandemia de Covid-19.

Segundo Adorni, o governo argentino decidiu que não permitirá que organizações internacionais interfiram na soberania do país. “Nós, argentinos, não permitiremos que uma organização internacional interfira em nossa soberania, muito menos na nossa saúde”, afirmou o porta-voz durante a coletiva de imprensa. A mudança é vista como um reflexo das políticas conservadoras de Javier Milei, que tomou posse em dezembro de 2023.

O governo argentino alegou que a contribuição ao orçamento da OMS, que gira em torno de US$ 10 milhões por ano (cerca de R$ 58 milhões), representa um custo que não se justifica diante de uma suposta ineficácia da organização durante a pandemia. Em um comunicado divulgado, Milei criticou a OMS por promover “quarentenas eternas sem respaldo científico” e afirmou que a agência “falhou no seu maior teste”, não conseguindo coordenar adequadamente a resposta à emergência sanitária global.

Trump já havia criticado a OMS em seu discurso de posse, apontando que a organização teria se deixado influenciar pela China e que os Estados Unidos, como o maior financiador da OMS, não se sentiam justificados pelas contribuições financeiras que realizavam.

A decisão argentina, que será formalizada via decreto, levanta questões sobre a gestão da saúde pública no país e a repercussão que essa saída pode ter em futuras políticas de saúde. “A saída da OMS não representará perda de fundos nem a diminuição da qualidade dos serviços de saúde no país”, disse Adorni. Em vez disso, ele sugere que isso dará ao país maior flexibilidade para criar políticas que atendam aos interesses nacionais.

Donald Trump assina ordens no Salão Oval da Casa Branca.
Donald Trump assina ordens no Salão Oval da Casa Branca, em 4 de fevereiro de 2025 — Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz.

Essa movimentação na política internacional ocorre em um contexto mais amplo de alianças conservadoras entre Milei e Trump, ambos defendendo posições similares em temas de saúde pública e soberania nacional. Essa aproximação é notável em um momento em que a resposta à pandemia global ainda está em discussão entre governos e organizações internacionais.

O futuro da saúde pública na Argentina será fortemente influenciado por essa decisão, e as consequências podem ser observadas nos próximos meses. Fica a expectativa sobre como as políticas de saúde abordarão as necessidades da população sem o respaldo que a OMS poderia oferecer.

Se você tem uma opinião sobre a saída da Argentina da OMS ou sobre a influência de Donald Trump nesse processo, deixe seu comentário abaixo e compartilhe essa informação com seus amigos!

Referências

  • https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/02/05/apos-trump-argentina-anuncia-saida-da-oms.ghtml
  • https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2025/02/05/argentina-saida-oms.htm
  • https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/argentina-anuncia-saida-da-organizacao-mundial-da-saude/

Compartilhe

Veja também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *